sábado, 2 de setembro de 2017

       
                                                         
                                                     PRECONCEITO


Quem de nós já não sofreu preconceito?
Mente, quem nega! Pois isso, é  nato do ser humano: criticar aquilo que lhe desagrada.
Por muitos anos, e ainda hoje, sofro com olhares e comentários maldosos em relação ao meu peso. 
Até atingir a maturidade que tenho atualmente, passei por depressões, noites mal dormidas, muito choro e lamentações , sem  esquecer que muito deixei de viver por me incomodar com o comentário alheio. 
Aos 43 anos e sentindo-me uma mulher experiente e vivida, percebo que o preconceito é algo que mina tua felicidade, que faz com que tu, te auto-sabote, tirando de ti, o direito à felicidade. 
Não sei o que é ser negra e sofrer racismo. Não sei o que é ser gay e sofrer com a homofobia. Mas sei o que ser gorda e ser motivo de chacota, de piada e de pena.
As pessoas não avaliam o que tu é como ser humano e sim, tua aparência; se come mais ou menos calorias; se entra ou não em uma calça 38. O rótulo gorda, se sobrepõe  a  ser uma pessoa, culta, bacana e alegre.
Conviver com língua afiada das pessoas, te faz viver em eterna resiliência, onde é quase que inevitável aceitar o desrespeito e achar que isso é normal.
O ser humano sabe ser cruel! Sabe ferir! 
Mas como ser racional que sou, aprendi que acima de tudo, sou muito mais do que a balança diz sobre meu peso. Sou uma totalidade e não apenas uma caracterítca.
Hoje afirmo que tudo que passei serviu para me fortalecer como pessoa.
 Aprendi nas  situações adversas que  o   mais importante é ser feliz do jeito que sou.
Sou gorda e sou mulher, mãe, professora , aluna, amiga, companheira.... sou gorda e sou feliz!

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