sábado, 30 de setembro de 2017



                                                         INCLUSÃO SEM LAUDO

Concordo com o Professor Carlos Skliar quando diz, que quando se fala muito a palavra inclusão, é porque ali a inclusão não existe. A própria palavra já exclui o aluno, pois o diferencia dos demais. 
Em uma turma cada aluno é singular em suas peculiaridades, e a inclusão se dá a partir do momento que cada indivíduo é visto como parte de um todo, colaborando com aquilo que pode e que sabe.
Na lei, vejo tudo muito bonito e seria mais do que justo que se efetivasse na prática. No entanto, essa realidade não existe. O que existe  são professores que fazem o possível e o impossível para tornar a rotina de sala de aula um ambiente propício à todos aprenderem . 
Na minha escola, quando temos um laudo, a turma é reduzida para 20 alunos no intuito da professora atender plenamente aquele aluno que necessita de um apoio a mais. Porém, é fato que muitas vezes, este laudo não chega inviabilizando inclusive,  o direito deste aluno ser melhor contemplado em suas necessidades.
Para mim o laudo respalda o lado mais prático da rotina de uma sala de aula, pois indiferente do diagnóstico, aquele aluno é um cidadão precisa ser respeitado em seus direitos.
Quando há muitos casos em uma turma , o que se faz necessário é o bom senso escolar e melhor acomodar esses alunos, de forma que o momento ali, seja proveitoso para sua formação.  Muitas vezes, o que acontece, é que a escola coloca todos alunos sem laudo em uma única turma, sobrecarregando emocionalmente e fisicamente o professor, visto que tais alunos demandam muito mais atenção do educador . Quando isso acontece, o caos se instala e a escola de formadora de cidadania passa à um depósito de crianças.

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