INCLUSÃO SEM LAUDO
Concordo com o Professor Carlos Skliar quando diz, que
quando se fala muito a palavra inclusão, é porque ali a inclusão não existe. A
própria palavra já exclui o aluno, pois o diferencia dos demais.
Em uma turma cada aluno é
singular em suas peculiaridades, e a inclusão se dá a partir do momento que
cada indivíduo é visto como parte de um todo, colaborando com aquilo que pode e
que sabe.
Na lei, vejo tudo muito
bonito e seria mais do que justo que se efetivasse na prática. No entanto, essa
realidade não existe. O que existe são professores que fazem o possível e
o impossível para tornar a rotina de sala de aula um ambiente propício à todos
aprenderem .
Na minha escola, quando temos
um laudo, a turma é reduzida para 20 alunos no intuito da professora atender
plenamente aquele aluno que necessita de um apoio a mais. Porém, é fato que
muitas vezes, este laudo não chega inviabilizando inclusive, o direito
deste aluno ser melhor contemplado em suas necessidades.
Para mim o laudo respalda o
lado mais prático da rotina de uma sala de aula, pois indiferente do
diagnóstico, aquele aluno é um cidadão precisa ser respeitado em seus direitos.
Quando há muitos casos em uma
turma , o que se faz necessário é o bom senso escolar e melhor acomodar esses
alunos, de forma que o momento ali, seja proveitoso para sua formação.
Muitas vezes, o que acontece, é que a escola coloca todos alunos sem laudo em
uma única turma, sobrecarregando emocionalmente e fisicamente o professor,
visto que tais alunos demandam muito mais atenção do educador . Quando isso
acontece, o caos se instala e a escola de formadora de cidadania passa à um
depósito de crianças.