quinta-feira, 23 de junho de 2016



SOM DO CORAÇÃO


Não poderia terminar este semestre sem fazer um texto para cadeira de Libras.
Esta sem sombra de dúvida foi a disciplina em que tive mais dificuldades, pois não compreendo Libras, nunca tive um aluno surdo e caso venha a ter um, não saberei como proceder, pois acredito que somente um profissional formado na Língua de Sinais é capaz de dar à esta criança a formação pedagógica necessária.
Penso que esta disciplina deveria ser 100% presencial, tamanha é a sua importância à nós professores. Mesmo assim, ainda seria pouco, pois saber Libras é como dominar outro idioma.
Sei pouquíssimos gestos, até meu nome eu já esqueci como se faz. Porém, acredito  que todo educador precisa dominar a Língua de Sinais, deveria ser lei. Ou seja, a lei até existe, bonitinha lá no papel, mas efetivamente não atinge o aluno surdo e o educador que irá trabalhar com este. A lei deve ser para ambos. Para o que necessita e para o professor que precisa saber aplicar Libras e contemplar a formação do aluno deficiente auditivo.
A partir do momento que a formação chegasse até nossos  professores, estes, juntamente com a escola, poderiam inclusive, fazer um trabalho social junto às famílias que tem sua criança surda e não sabem como ajudá-la nos primeiros passos na sua formação acadêmica; também poderiam aprender Libras para acompanharem seus filhos, isso no caso de pais ouvintes.
Tudo é uma questão de boa vontade governamental.  Aqui em Canoas, onde moro, temos a Escola Vitória, esta atende alunos surdos e cegos, porém é uma escola para toda uma cidade. É muito pouco, é irrisório, não basta!
Vejo como ideal a escola bilíngue, como no filme apresentado pela Professora Bianca. Contemplando surdos e ouvintes, todos podem interagir entre si, aprendendo ambas as culturas. Neste caso, a inclusão acontece, sai do papel. Há a fusão de culturas e ideias , onde todos são iguais.


Nenhum comentário: