SOM DO CORAÇÃO
Não
poderia terminar este semestre sem fazer um texto para cadeira de Libras.
Esta
sem sombra de dúvida foi a disciplina em que tive mais dificuldades, pois não
compreendo Libras, nunca tive um aluno surdo e caso venha a ter um, não saberei
como proceder, pois acredito que somente um profissional formado na Língua de
Sinais é capaz de dar à esta criança a formação pedagógica necessária.
Penso
que esta disciplina deveria ser 100% presencial, tamanha é a sua importância à
nós professores. Mesmo assim, ainda seria pouco, pois saber Libras é como
dominar outro idioma.
Sei
pouquíssimos gestos, até meu nome eu já esqueci como se faz. Porém, acredito que todo educador precisa dominar a Língua de
Sinais, deveria ser lei. Ou seja, a lei até existe, bonitinha lá no papel, mas
efetivamente não atinge o aluno surdo e o educador que irá trabalhar com este.
A lei deve ser para ambos. Para o que necessita e para o professor que precisa
saber aplicar Libras e contemplar a formação do aluno deficiente auditivo.
A
partir do momento que a formação chegasse até nossos professores, estes, juntamente com a escola,
poderiam inclusive, fazer um trabalho social junto às famílias que tem sua
criança surda e não sabem como ajudá-la nos primeiros passos na sua formação
acadêmica; também poderiam aprender Libras para acompanharem seus filhos, isso
no caso de pais ouvintes.
Tudo
é uma questão de boa vontade governamental.
Aqui em Canoas, onde moro, temos a Escola Vitória, esta atende alunos
surdos e cegos, porém é uma escola para toda uma cidade. É muito pouco, é
irrisório, não basta!
Vejo
como ideal a escola bilíngue, como no filme apresentado pela Professora Bianca.
Contemplando surdos e ouvintes, todos podem interagir entre si, aprendendo
ambas as culturas. Neste caso, a inclusão acontece, sai do papel. Há a fusão de
culturas e ideias , onde todos são iguais.
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