Meu nome é Ester, sou uma pessoa simples que gosta de ouvir e de contar histórias. Sabe aquelas que encantam, fascinam e inspiram? Essas! Gosto de gente! Gosto de gente que gosta de gente!
sábado, 28 de maio de 2016
JUMANJI
Na escola em que leciono à tarde, La Salle Dores, trabalho apenas com projetos, e o mês de maio foi dedicado somente aos games.A cada dia uma tarefa diferenciada para realizar.
Nesta semana assistimos com as crianças , o filme Jumanji que foi adaptado do livro com o mesmo nome. Este, tem sua história baseada em um jogo de tabuleiro, onde a cada rodada os jogadores são levados à incríveis aventuras.
O autor Chris Van Allsburg, ao meu ver, conseguiu passar para "telona" toda a adrenalina que temos ao jogar. O que acontecerá na próxima jogada? Que números cairão nos dados? Essas emoções inerentes ao jogo, só consegue senti-las quem realmente se entrega à brincadeira.
Voltando à escola, os alunos ficaram "vidrados", do início ao fim, pois apenas um ou dois conheciam este filme, já que é uma trama de 1995.
Nesta mesma linha de jogos de tabuleiro, este autor, também fez o filme Zathura, Uma aventura no espaço, onde dois irmãos jogam ,divertem-se e arranjam muitas encrencas pelo espaço.
Não posso afirmar , mas creio que Chris Van Allsburg é um grande fã de jogos e de toda descontração que estes proporcionam.
domingo, 22 de maio de 2016
O CADERNO
Esse poema, para mim, é uma obra prima. Lindo,
doce e verdadeiro.
Verdadeiro, porque retrata a trajetória exata de
um objeto que acompanha a criança em toda sua fase escolar, então
Vinícios de Morães, em suas palavras, narrou acontecimentos reais ao universo
infantil, o que faz com haja uma fácil identificação em relação à sua história
.
Quem já não teve um caderno e ali desenhou,
escreveu e no qual derramou suas lágrimas?
Ao ser musicado por Toquinho, este poema
ganhou vida! A melodia é simplesmente mágica, calma e serena e para criança, de
fácil compreensão.
Trabalhar com poemas musicados oportuniza ao
aluno a capacidade de desenvolver variadas habilidades de forma lúdica e
natural. É uma forma de expressão leve , rica e encantadora.
A poesia existente na maneira de retratar
determinado poema é algo muito singular, pois cada criança irá interpretá-la à
sua maneira bem como a forma que o mesmo irá lhe alcançar, lhe
"tocar como pessoa".
Para criança é muito importante analisar seu
universo sob vários contextos, fazendo assim, links que oportunizem o
aprendizado.
domingo, 15 de maio de 2016
JOGOS VIRTUAIS
Nesta semana me rendi aos jogos virtuais! Sabe
quando tu percebes que o futuro chegou? Que a nova geração bate à porta com seu
novo jeito de ser criança? Pois bem, cheguei à conclusão de que o brincar realmente
não é mais como eu idealizo.
Trabalho na escola La Salle Dores
com crianças que tiveram aula pela manhã e à tarde comigo, realizam projetos
educacionais. Neste mês o assunto em pauta são os games.
No
início do mês, eu e meus colegas, recebemos a tarefa de construir com eles um
BANCO IMOBILIÁRIO. Assim, do zero, com materiais escolhidos pelos alunos, sendo
tudo idealizado por eles, já que o objetivo era trabalhar sua autonomia. Foi um
desastre!!!! Primeiro pela complexidade deste jogo e depois porque os alunos
acharam chato fazer algo que para eles estava ficando feio. Para mim, foi uma
semana muito difícil, já que é horrível tu praticamente obrigares uma criança a
fazer aquilo que ela não quer.
Já esta semana, ocorreria um passeio, mas como
foi cancelado, então, o substituíram por uma tarde com um X BOX e um PLAY 3. Foi simplesmente incrível!!!
Todas
crianças brincaram, não tivemos reclamações por não gostarem da atividade. Eles
interagiram com os bonequinhos dançando, dançavam juntos, faziam competições
entre eles. Esperavam ansiosos por sua vez para jogar. A música pegava no
ouvido, era contagiante!!!
Observando
o desenvolvimento da tarefa percebi o quanto estavam felizes, brincando,
movimentando-se, criando e respeitando as regras. Enfim, dei-me conta que esse
é o novo brincar, que tudo na vida muda, passa por metamorfoses e o “ser criança”
está em plena transição, visto que eles
ainda brincam com algumas brincadeiras
de antigamente. Porém, acredito que cada vez mais esses jogos ganharão espaços
nos interesses das crianças.
Como pessoa e como educadora, sou muito
resistente ao novo, inclusive já escutei isso de minha tutora, mas confesso que
adorei dançar com meus alunos, mesmo tendo ficado em último lugar. Admito que
já estou vendo com outros olhos esses jogos virtuais. Eles fazem parte de um
novo contexto, da criança que já nasceu em época de internet, que interage com
o meio e com o virtual.
P.S A escola La Salle não me permite usar imagens dos alunos.
domingo, 8 de maio de 2016
PORTO SEGURO
Hoje é o dia escolhido para homenagear todas as mães.
Mas como professora, é impossível não me colocar no lugar dos meus alunos que neste dia amargam o fato de por algum motivo passar o dia sozinhos , sem a presença daquelas que lhes colocaram no mundo.
Quando por alguma infelicidade do destino esta veio a falecer, se trabalha a questão com a criança, busca-se o apoio de profissionais e familiares que possam estar dando um suporte neste momento difícil. Mas o que eu não aceito como educadora, mulher, e ser humano que sou ,é quando sei que meu aluno foi abandonado por sua progenitora.
Este ano em minha turma, tenho o caso de um menino nesta situação. No dia em que ele chegou ao grupo, já com o ano letivo em andamento, suas palavras eram;.minha mãe me abandonou.
Sei que a situação do casal era muito conflituosa, agressões físicas e verbais.
Essa criança precisou do apoio do conselho tutelar, intervenção medicamentosa e uma briga constante por parte da escola para que o pai cumprisse seus deveres e o levasse para o colégio, visto que já é evadido de outras duas instituições educacionais.
Tudo isso porquê?
Por falta de uma mãe forte e presente na vida desta criança que lhe desse suporte e segurança necessária. Para mim, nada justifica abandono! Nem mesmo a agressão por parte de um homem Para isso temos leis de proteção à mulher. Se quisesse fugir, que fugisse com o filho e depois, se entendesse com as leis. pois para nós que trabalhamos com crianças sabemos que as mães são mais necessárias. Não estou dizendo que os pais não fazem falta, muito pelo contrário, mas no caso de um pai agressor, não teria nem o que pensar.
O caso é que meu aluno vive com esse pai, que não cumpre suas obrigações, já que o menino precisa frequentar sala de recursos, psicólogos, psiquiatras e a escola.Esta criança apresenta um quadro de ansiedade com traços de esquizofrenia e paranoia e com o agravante maior de abandono materno. Ele sabe e conta que a mãe traiu o pai, apanhou na frente dele e tem irmãos que ela cria.
Penso no que será que passa na cabeça desta criança? Ele tem consciência de que foi abandonado, até porque acredito que o pai magoado com a situação fala isso constantemente para ele. Fico imaginando que tipo de adulto essa criança irá se tornar?
Neste momento a inconsequência de dois adultos é marcada no sofrimento de uma criança. Isso eu não aceito! Ser mãe é algo sagrado. Se como mulher não se sente feliz, realizada, tudo bem, basta procurar outros caminhos novos horizontes, porém, sem sacrificar a vida de quem depende apenas dela para ser feliz.
Os pais fazem falta, são referência, eu mesma sou o espelho de meu pai. Porém mãe é fundamental, é aconchego, é porto seguro, é zona de conforto.
domingo, 1 de maio de 2016
Quem hoje tem por volta de 40 anos, com certeza presenciou uma
época mágica na televisão brasileira. Estou me referindo aos tempos em que
havia uma programação infantil de qualidade como o Sítio do Pica Pau
Amarelo. Esse programa era lúdico, pois toda criança viajava pelo mundo do faz
de conta e queria ser como um de seus heróis.
Ainda recordo as histórias encantadoras vividas pelos personagens de Monteiro Lobato. Ali no Sítio, tu ia do Reino das Águas Claras até a caverna do Minotauro. E foi por esse encantamento estar presente em mim até hoje, que fiz questão de na festa de 102 da Escola Souza Lobo, homenagear este grande Mestre da Literatura Infantil Brasileira.
Compartilhei com meus alunos como era ser criança em meados de 1980.
Levei para sala de aula a trilha sonora que atravessou gerações e até hoje se
faz presente na vida de muitos adultos.
A partir de minhas experiências e do fascínio que tenho pela obra
deste autor , eu e minha colega Denise criamos uma bela performance para a
celebração.
Tudo foi feito com muito cuidado e carinho. Primeiramente apresentamos a
ideia aos alunos, falamos deste autor memorável e do valor que sua obra tem
para o universo infantil. Levamos vídeos, livros e daí, deu-se o envolvimento
de todo um grupo escolar para fazer dar certo a nossa tão sonhada festa de 102
anos.
Para que tudo ocorresse perfeitamente contamos com o envolvimento de
muitas pessoas da comunidade escolar. A professora Cipriana fez os marcadores
de páginas que foram entregues pelos alunos no acolhimento aos pais , a Vera
nossa mãe voluntária, fez quase todas as fantasias usadas na festa, eu escolhi
as músicas e criei a coreografia, a professora Jane da biblioteca, montou o mix
das músicas escolhidas pois e minha
colega Denise auxiliou-me nos ensaios,
e caracterizou-se para dançar junto com as Emílias.
Meu maior orgulho nesta festa foi minha aluna que é autista pedir para
se apresentar de Cuca. Ela exigiu da costureira uma capa vermelha, pois sem ela
não iria dança.
Porém como nem tudo acontece como a gente quer, dois
dias antes da celebração, a direção da escola, devido ao frio intenso que fez
naqueles dias, resolveu trocar o horário da apresentação que seria à noite, para a tarde.
Eu que trabalho em outra escola neste período não pude comparecer para ver a
apresentação dos meus alunos. Confesso que chorei de braba, pois essas coisas
desmotivam e colocam abaixo toda uma idealização. Reclamei mas não adiantou.
E foi assim que perdi de ver na prática todo um trabalho que idealizei.
Gosto e me realizo em ver meus alunos dançando, cantando, isso é aprendizado é cultura, é interação. Isso nos fortalece como grupo.
Minhas colegas seguraram “as pontas”, e deu tudo certo, porém eu queria estar lá, queria ver, participar. Queria ver o sorriso de meus alunos, pois todos estavam muito motivados com tudo que fizemos.
Esses episódios me incomodam muito, mas fazer o quê?
O importante é que sei que um belo trabalho foi
realizado, o aprendizado e a cultura foram promovidos e eu como "profe velha "que
sou, deveria saber que isso faz parte do mundo escolar.
Embora eu não estivesse presente, sei que cada aluno envolvido neste processo levará consigo, para sempre, um pouquinho deste dia. E o que me realiza como educadora é saber que fui importante para esse momento único na vida de cada um.
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