domingo, 5 de maio de 2019





                        RELEITURA DA POSTAGEM  AVALIAÇÃO
  
                       Resultado de imagem para SALA DE AULA ALUNO/ PROFESSOR



A melhor forma de compreender o aprender de uma criança é através da observação diária de como esta se comporta diante os desafios que lhe são propostos.Observar seus gostos, interesses, maneiras de se expressar, maneiras  de fazer registros, ou até mesmo de não fazê-los,   são aspectos fundamentais para contemplar esse  desenvolver pedagógico. Toda criança aprende, porém de maneiras distintas e  únicas. Da mesma forma, a avaliação é algo meramente singular.
 Um olhar atento é crucial para que o professor possa fazer intervenções pontuais utilizando-se de recursos  diversos para que seu aprendizado se dê com sentido e fundamento, levando a criança a pensar sobre suas ações. Compreender o modo como está acontecendo todo esse processo é algo que requer muita empatia e segurança por parte do professor.
Digo empatia, pois nem todos educadores conseguem compreender aquele aluno que demora mais para aprender, ou que simplesmente tem este aspecto bloqueado por determinado motivo. Me refiro à segurança quando o professor sabe identificar que o erro está sendo utilizado de maneira positiva e relevante no aprendizado da criança. O professor consciente de sua ação pedagógica percebe a construção do conhecimento no seu aluno.
Erroneamente , muitos professores fazem da avaliação um momento ritualístico, deixando de lado as oportunidades diárias que se apresentam para avaliar seu aluno, descaracterizando assim o seu objetivo principal que é perceber toda capacidade que este tem a oferecer. O aluno não é apenas um registro ou um conceito. Como sugere Luchesi (1995) “provas e exames servem apenas para verificar o grau ou nível de desempenho em apenas um aspecto do desenvolvimento do aluno”.
Promover estratégias de aprendizagem não é apenas  ensinar algumas letras , números e conceitos. É identificar sobretudo, os principais interesses da criança, bem como suas habilidades. Uma vez, reconhecida em suas capacidades, a criança irá responder satisfatoriamente à todas as propostas do educador. A motivação é o segredo do sucesso em uma sala de aula.
. Para Luckesi ( 2000), p.11

“A prática da avaliação da aprendizagem, para manifestar-se como tal, deve apontar para a busca do melhor de todos os educandos, por isso é diagnóstica, e não voltada para a seleção de uns poucos, como se comportam os exames. Por si, a avaliação, como dissemos, é inclusiva e, por isso mesmo, democrática e amorosa. Por ela, onde quer que se passe, não há exclusão, mas sim diagnóstico e construção. Não há submissão, mas sim liberdade. Não há medo, mas sim espontaneidade e busca. Não há chegada definitiva, mas sim travessia permanente, em busca do melhor. Sempre!”

Sábio é o professor que consegue gerenciar  as habilidades individuais de cada aluno em benefício do aprender coletivo.  Criança aprende com criança e fomentar espaços e momentos que propiciem essas trocas entre os pares, torna o fazer pedagógico de cada um, uma experiência rica , qualitativa, e  de extrema relevância em seu desenvolvimento.O aluno para Lüdke (1994, p.3) “aprende a toda hora, na dúvida, na pergunta, no relacionamento entre os colegas, no conteúdo, no trabalho em turma”
Ao longo de um período letivo, todas as crianças participam das mesmas informações e  interações.Porém, cada um é único em sua assimilação, absorvendo somente aquilo que lhe tiver significado. E quando a criança não aprende é porque na verdade ainda não está pronta para essa nova aquisição.
Uma avaliação justa e coerente depende também de um professor competente ao avaliar, que utilize-se de diversos recursos, enfim, que oportunize ao aluno expressar-se das mais diversas maneiras. O professor precisa de boas estratégias que validem com confiança os objetos que deseja alcançar com seu aluno.
Avaliar não é algo fácil, requer um olhar diferenciado e atencioso do educador para com seu aluno. Segundo Werneck (1995, p,67) “ o processo não é fácil porque qualquer mudança exige trabalho, convicção, suporte econômico e muita vocação”.


                                       REFERÊNCIAS:
Cipriano Luckesi – o que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem?  Revista Pátio, ano 3 nº 12, p. 11, 2000

Souza Ferreira Souza Ferreira - Retratos da Avaliação Conflitos, desvirtuamentos e caminhos para superação