domingo, 9 de dezembro de 2018

REFLEXÃO DA 10º SEMANA DE ESTÁGIO



Nesta semana, houve a culminância do projeto de estágio. Estou com a sensação de dever cumprido, pois tudo que aconteceu neste período superou minhas expectativas e me acrescentou como profissional.
Aprendi mais do que ensinei e aqui, como aluna/professora cumpro mais uma etapa da graduação, sabendo que todo esforço está sendo válido e todo processo que percorro me transforma dia a dia em uma educadora melhor, mais preparada e acima de tudo, respaldada pela ação do conhecimento.
As orientações de estágio foram fundamentais e pontuais para que eu conseguisse esse resultado maravilhoso que foi a construção, aplicação e   exposição do Projeto Diversidade.
Minha escola acolheu de forma muito positiva essa nova e diferente proposta de trabalho. Me deu liberdade para executar as atividades e acreditou em meu profissionalismo.
As famílias foram parceiras e compreenderam a importância de prestigiar o trabalho de seus filhos. Compareceram em grande número no encerramento do projeto e neste , presenciaram o resultado desta breve caminhada com suas crianças.
Os alunos estavam extremamente motivados e felizes em relatar e expor tudo que foi trabalhado. Na simplicidade de sua linguagem, abordaram temas complicados e de alta relevância para nossa sociedade. Colaboraram com o enriquecimento  cultural com o qual trabalharam, expondo de forma clara e objetivo tudo aquilo que faz de nós brasileiros um celeiro de diversidades.
Sem dúvida, saio deste estágio como uma nova professora. Com outro olhar e outra maneira de desenvolver a interdiscipinaridade. Aprendi que desta forma, meus alunos de inclusão são mais contemplados em suas especificidades e  que isso agrega ao seu processo de ensino aprendizagem ,que por ser diferenciado, nem sempre é satisfatoriamente realizado.
Para encerrar este ciclo, quero deixar aqui uma passagem de Rubem Alves. Ela transcreve com exatidão essa rica e inesquecível experiência
com meus alunos.
“Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado”.
Meus alunos voaram… voaram alto! Agradeço à eles por poder partilhar desta experiência . Foi um aprendizado de mão dupla, ensinamos e aprendemos mutuamente, dando sentido à esse lugar de encantamentos que é a sala de aula. Aos poucos construímos um enorme universo onde eles eram os atores e ação  principal. Tudo fez sentido, tudo se interlinkou, tudo se complementou e deste contexto, o vôo surgiu, aconteceu…

Voem meus amados!

domingo, 2 de dezembro de 2018


REFLEXÃO DA 9º SEMANA DE ESTÁGIO


Essa semana foi bem interessante pois as atividades mexeram com o emocional das crianças. A atividade com a música foi muito bem aceita e compreendida por eles. Tanto que ao conversarmos sobre a proposta, lembraram de outras músicas que trabalhamos durante o ano. Chegaram à conclusão de que a música que dançaram na festa junina é a música da turma e disseram que nunca iriam esquecer. Todos cantaram suas músicas e perceberam que estas fazem parte do nosso crescimento e que também  marcam épocas e momentos de nossas vidas. Aproveitei esse momento musical e já apresentei ao grupo a canção de Natal que irão apresentar. Ouvi de um deles:
-”Uma música para cada data”!
No texto A MÚSICA E O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA A MÚSICA E O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA de Nogueira 1,  Monique Andries encontramos que:
A presença da música na vida dos seres humanos é incontestável. Ela tem acompanhado a história da humanidade, ao longo dos tempos, exercendo as mais diferentes funções. Está presente em todas as regiões do globo, em todas as culturas, em todas as épocas: ou seja, a música é uma linguagem universal, que ultrapassa as barreiras do tempo e do espaço. Entretanto, a forma pela qual a música, como linguagem, acontece no seio dos diferentes grupos sociais é bastante diversificada. Apesar dessas diferentes funções, em todas essas situações e em muitas outras, a música acompanha os seres humanos em praticamente todos os momentos de sua trajetória neste planeta. E, particularmente nos tempos atuais, deve ser vista como uma das mais importantes formas de comunicação: segundo o pedagogo Snyders (1992), nunca uma geração viveu tão intensamente a música como as atuais.
É importante fazer uma ressalva que toda criança está imersa em um caldo cultural, que é formado não só pela sua família, mas também por todo o grupo social no qual ela cresce. Nesse sentido, a forma como a música influencia o desenvolvimento de uma criança carajá, por exemplo, é muito diferente da forma como isso se dá com uma criança branca; da mesma forma, uma criança de classe média alta, que freqüenta ambientes nos quais a música é praticada de forma intensa, apresenta características bem diversas de uma criança que se vê vítima da exploração do trabalho infantil.
Nesta citação,  percebemos que a música se faz presente na formação da criança, pois ela é fruto do meio em que está inserida bem como da música presente neste ambiente.
Afirmo com muita propriedade que minha sala de aula é musical. Eu acabo influenciando fortemente meus alunos pois amo música e sei que passo isso para eles. Na escola, minhas turmas sempre arrasam nas apresentações e em tudo relacionado à música. Vejo isso como um aspecto muito positivo pois a música agrega, insere e permite à todos vivenciarem de forma única um momento especial onde todos podem participar igualmente. Meus alunos de inclusão adoram cantar e dançar, por isso , atividades onde a música está presente é algo que deve ser muito valorizado por todo educador.
Já no livro da Mama Panya foi muito interessante a reação que tiveram ao perceber que o menino da história tomava atitudes sem consultar sua mãe. Eles fizeram comparações e disseram que a mãe deles não deixariam que fizessem a mesma coisa. Nisso, falamos sobre os diferentes modos de se portar em diferentes culturas.Abordamos o contexto e o modo como se vive onde há a escasses de alimentos. Todos encontraram boas alternativas para o problema que propus em relação ao livro. A divisão foi um assunto bem presente, também surgiu a questão do egoísmo, onde valores permitiam que os personagens dividissem o pouco que tinham. Achei bonito meus alunos dizendo que o importante era todos terem pelo menos um pouquinho de comida.
Quando fizemos a salada de frutas, eles compreenderam o fato  de o que era “um pouco e um pouquinho mais”, frase muito repetida no livro trabalhado. Conversamos sobre a contribuição de cada um ao ajudar a fazer algo para todos. Foi legal, porque inclusive compartilharam a salada com os demais integrantes da escola. Ficou muito nítido de que,  quando todos se ajudam, as coisas ficam mais fáceis.
Essas atividades foram importantes para eles como grupo. Perceberam que quando se tem amigos e situações onde o partilhar é envolvido, todos saem ganhando.