domingo, 25 de junho de 2017


                                                        GESTÃO  ESCOLAR


Em função da interdisciplina de Gestão procurei minha diretora para conversarmos a respeito do Conselho Escolar e sua função.
Ela me passou que no momento é tudo muito novo, pois na antiga gestão, as coisas não funcionavam como realmente deveriam.
O que percebi foi muito boa vontade de fazer os trâmites de forma correta , ouvindo cada setor da comunidade escolar e priorizando as necessidades básicas dos alunos.
No momento, ela realiza, por exemplo,  reuniões com os líderes de turma para auxiliarem na elaboração do cardápio da merenda. Estes, são responsáveis de encaminhá-lo aos demais colegas.
O grande problema fica na questão financeira, pois a necessidade de verba é muito grande e os recursos são pouquíssimos, porém tudo que está sendo feito tem passado pela opinião e aceitação dos membros do conselho escolar. Acontece tudo por votação e a palavra dela, de forma alguma é a definitiva. O CPM  está ativo e atuante.
Conheço minha diretora há nove anos. Ela é uma pessoa muito justa e transparente em suas ações.
 O amor e empenho que demonstra à educação é o diferencial que  faz com que, aos pouquinhos, nossa escola esteja se alavancando e tornando-se um verdadeira escola democrática.
A Escola Souza Lobo tem 103 anos. Deveríamos ser exemplo de gestão pelo tempo que temos trabalhando na educação e formação de crianças. No entanto, por não haver o comprometimento com a cidadania no passado , hoje estamos à passos de formiguinha, mas com a certeza de que estamos fazendo o certo.

domingo, 18 de junho de 2017


                                                                   PARCERIAS

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Sou professora no Ensino Público e no Ensino Privado. Comparações são quase impossíveis de não acontecer. Fora a questão cultural e os valores vistos de formas diferenciadas em ambas as Instituições , outro aspecto que chama a atenção são os recursos disponibilizados por essas redes de ensino.
Dar aula em escola particular é muito fácil, visto a grande variedade de recursos ofertados aos discentes e docentes. Nem sempre são aproveitados de maneira contemplativa visto o enorme leque de opções. No entanto aqui, falta aquela realização de " PUXA! EU CONSEGUI!!!! No privado a maioria das conquistas é mérito do sistema e o educador, muitas vezes, passa a ser apenas mais um.
Já em escola pública esbarramos nas privações de recursos e materiais. Na carência das crianças e no não poder pedir ajuda às famílias . Isso é um complicador que dificulta muito o trabalho do professor.
Porém, se este realmente quiser ser um diferencial na educação de seus alunos, vai atrás de parcerias que podem contemplar e oferecer outras formas de enxergar o mundo.
Essa semana recebi em minha turma o pessoal do Projeto da Nova Ponte do Guaíba. Eles fazem um trabalho de educação ambiental maravilhoso. Apresentam recursos que nossa escola não possui e faz com que os alunos repensem sua posição como cidadãos que precisam preservar a natureza. 
Essa visita foi a culminância de um projeto sobre o solo e para minha felicidade as crianças adoraram, questionaram, colaboraram com suas opiniões. Enfim, foi uma manhã "pra lá de proveitosa" !
Assim concluo, que para alunos da escola pública o professor é totalmente responsável pelas metodologias e dinâmicas que farão a diferença no aprendizado de seus alunos. Apesar de todas dificuldades que enfrentamos, ver o sorriso contemplativo no rostinho de uma criança faz tu sentires o maior orgulho de SER PROFESSOR DE ESCOLA PÚBLICA!
Acho que nem preciso dizer onde mais me realizo como profissional né?!


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                                                          O QUE ACONTECE?


Muitas vezes me questiono  o porquê da criança de escola pública não aprender como a criança do ensino privado. A capacidade intelectual é a mesma, salvo comprometimentos neurológicos, e mesmo assim,  isso se dá em ambas instituições.
É óbvio que a estrutura de uma escola particular faz toda a diferença,  no entanto,  a curiosidade, o intelecto do aluno estão ali preservados. O que não entendo é porque  a visão de mundo destas crianças são completamente  distintas.
Parece que o aluno que vem das classes mais humildes não consegue compreender tudo aquilo que o cerca, é como se sua capacidade de analisar e questionar não atingisse o mesmo alcance dos matriculados no ensino privado.
 O modo como a educação pública é gerida implica na qualidade de ensino que oferece. Esta é muito carente em recursos materiais e os seus professores precisam fazer peripécias para conseguir dar uma aula estimulante e atrativa. Tal dificuldade do docente é automaticamente transferida para o aluno e aí se dá o círculo vicioso da desmotivação e do baixo rendimento escolar.
O Estado precisa urgentemente rever o que acontece com seus alunos. Qual motivo está embutido nas repetências, evasões, baixo nível cultural e outros fatores peculiares da educação pública?
Questiono essas duas formas de ensinar pois leciono no público e no privado. E tal questão me corrói. A criança pobre merece ter uma educação de qualidade e eu como educadora tento fazer a diferença indo atrás de parcerias que me permitam oferecer ao meu aluno olhares diferenciados para sua aprendizagem, busco porque minha consciência dói ao saber que posso ir atrás daquilo que seria obrigação do governo.
Mas como fica o aluno de professores que não possuem essa preocupação? Se ele estiver em uma escola privada ok, o sistema dará conta . E se for ao contrário?
Vejo a reforma da escola pública como algo utópico. Isso é algo que precisa de cidadãos conscientes de seu papel na sociedade. Mas de onde virão, se a própria escola não é capaz de prepará-los?
Conselhos Escolares, PPP, reuniões, aperfeiçoamento dos professores é muito faz de conta quando na escola há professores que se negam a substituir uma colega de 5º ano, pois ela se diz professora somente de 3º ano. Que professor é esse? Que gestão é essa que aceita um argumento desses?
Está muito longe a mudança necessária e eficaz. Por enquanto , ficamos com os professores leais à sua profissão e que fazem a diferença na educação pública.


domingo, 4 de junho de 2017


                                          CONCEITOS

Na interdisciplina de Organização e Gestão da Educação, trabalhamos com um glossário de conceitos relativos à escola e tudo que a define como instituição formadora e capacitadora de cidadãos atuantes e críticos perante a sociedade.
Todos conceitos ali citados, são de extrema importância e necessários para a formação de pessoas capazes de  modificar o sistema atual em qual vivemos. No entanto,   dois valores  essenciais não constam nesta lista, são eles: FLEXIBILIDADE E EMPATIA.
Aqui mesmo no blog, acredito já ter dissertado sobre a necessidade de haver flexibilidade nos sistema educacional,  pois ao meu ver,  toda escola   deve  ser regida por um olhar flexível diante toda e qualquer situação que ali aconteça. Muitas vezes,  a rigidez das palavras e ações causam um estrago muito grande por não haver a justiça no momento certo. Já presenciei atos desumanos pelo fato da escola estar sendo gerida por pessoas frias que colocam suas vontades acima de tudo. Aqui FLEXIBILIDADE, teria feito toda a diferença no ocorrido.
Em relação à empatia, penso que por trabalharmos com seres humanos, saber se colocar na posição do outro é essencial, nos garante a certeza de estar  perto daquilo que nos propomos como educadores. A escola empática com sua clientela,  a  atenderá melhor diante suas necessidades.
É impossível formar cidadãos justos e corretos sem sermos modelo e exemplo. É clichê, mas é correto: a educação é o que se mostra não o que se diz.