quarta-feira, 31 de maio de 2017



                   ESCOLA PÚBLICA X ESCOLA PRIVADA



Como professora de escola pública e privada, sinto-me confortável em comentar os tópicos por  mim escolhidos.
GESTÃO DEMOCRÁTICA -     UTILIZAÇÃO DA ESCOLA COMO ESPAÇO PÚBLICO;
GESTÃO PATRIMONIALISTA  -     UTILIZAÇÃO DA ESCOLA COMO ESPAÇO PRIVADO;
Na escola pública a comunidade escolar possui  espaço para intervir em decisões necessárias ao bem estar de todos envolvidos neste contexto. Porém, o interesse e vontade de participar de grupos que beneficiem ou lutem por uma educação de qualidade é extremamente restrito. Vejo esse processo como um reflexo cultural da própria comunidade.
Muitas vezes a escola oportuniza momentos onde possa haver a interação entre integrantes do contexto escolar, facilita o acesso à informações, ao diálogo e ao debate que faça a diferença na qualidade de seu objetivo.
Infelizmente, vejo a escola pública sendo negligenciada por seus próprios integrantes, que não lutam mais por sua causa e não mobilizam-se para que haja a real transformação de que necessita.
Na escola privada, percebo o valor monetário que cada aluno possui; ou melhor dizendo, o valor que cada “matrícula”possui. Aqui, a comunidade se faz presente na briga de interesses próprios e egocêntricos; enquanto a escola, como instituição, visa seus lucros financeiros.
O trabalho pedagógico é bem feito, tem qualidade, os recursos são diversos. Porém falta o engajamento da escola pública, falta aquela vontade de fazer dar certo por ser o único reconhecimento que há. Na escola privada , temos um espaço, onde o terrorismo bate à tua porta todos os dias, pois aqui, o professor é só mais um e a qualquer momento pode ser descartado.


domingo, 28 de maio de 2017


                                                           DESMOTIVAÇÃO


Dese que iniciei o PEAD, esta é a primeira vez que me sinto completamente desmotivada.
Não entendo o que está acontecendo comigo, pois este é o sonho de uma vida.
Posso estar cansada. Não sei! Este ano não tive férias e para completar aumentei minha carga horária semanal de 40 para 50 horas/ aula. Admito que estou no meu limite físico.
Mas não é só isso....
O curso tomou um caminho , pelo qual não estou conseguindo andar. Está confuso, "atropelado", no sentido de acúmulo de tarefas. Muitos conceitos e poucas explicações.
Aqui sou aluna e preciso de minhas professoras, preciso daquele olhar mais atento, daquele puxão de orelha que te faz sacudir.
Toda semana venho aqui e redijo sobre meu cotiano escolar, minhas descobertas e desafios. Gosto de escrever sobre aquilo que estou sentindo e que me soa verdadeiro. Não gosto de copiar e colar um texto já feito para outra interdisciplina. Nas vezes em que precisei fazer isso, me senti muito incomodada pela minha incapacidade de escrever sobre algo novo.
Neste semestre , preciso me ater mais aos autores e  citações. Preciso aprender a referenciar; no entanto, estou aqui, refletindo sobre meu atual estado de espírito. Não gosto e não quero me sentir assim. Porém, para cumprir com a postagem da semana , preferi desabafar do que ficar com mais uma atividade em atraso.
Inclusive, pela primeira vez, estou com pendências nas tarefas. Até o quarto semestre fui religiosamente correta com datas e cronogramas. Quando me atrasava, batia um verdadeiro desespero. Agora já não ligo mais. Sei que haverá novas oportunidades para recuperar. E mesmo sabendo que as terei, acho injusto com as colegas que assim como eu sempre fizeram de tudo para manter as atividades em dia. Sei que é errado, mas penso que muitas chances são dadas para quem nem sempre as merece. Triste e errado esse meu pensamento,pois cada um sabe onde apeerta o seu sapato.
De coração, peço desculpas por este texto. Mas como sempre explicitei aqui, gosto de escrever sobre o que penso ,  acredito e sinto. Não quero de forma alguma ofender ou magoar ninguém , Quero apenas por pra fora essa angústia que vem me corroendo neste 5º semestre.

domingo, 21 de maio de 2017



                                        A INTERPRETAÇÃO É LIVRE


É muito complicado analisar a visão de mundo de professoras com experiências e realidades  profissionais distintas. Destaco nossas diferenças em tempo profissional, idade e  formação, visto que a Núbia já está em sua segunda graduação , enquanto eu estou na metade da primeira. Isso interfere no modo de encarar as coisas.
Lá no início do blog minhas postagens são mais embasadas no fato de eu estar encantada com esse novo mundo que é a universidade. Sou muito sonhadora ao escrever e menos “pé no chão”.
Já a Núbia é realista, crítica e muito reflexiva em suas análises, agregando aí o fator de já ser formada em história, o que lhe cabe  uma outra percepção de mundo.
As reflexões em meu blog,  foram surgindo ao longo dos semestres, principalmente porque descrevi demais como eram minhas aulas,   bem como as dificuldades que enfrentei ou algum trabalho que deu certo.
Custei a perceber que a graduação exige   uma outra postura diante os fatos, e isso é nítido no meu escrever.
Hoje, já no 5º semestre, sou mais reflexiva, porém,  precisei de tempo para agregar esse aspecto nas minhas postagens. Já a Núbia, por ter uma personalidade mais crítica e direta, mostrou-se o tempo todo uma educadora visionária a reconstruir o que a realidade escolar lhe apresenta, ela não aceita as imposições da sociedade,  enquanto eu, tento contornar as adversidades, buscando formas diferenciadas de resolver as questões.
Estar em sala de aula é o único ponto em comum que temos. Nossos alunos são de clientelas distintas e isso reflete na visão conclusiva a que chegamos diante os textos e trabalhos que nos são apresentados. Inconscientemente concordamos e discordamos dos autores, pois é automático pensar: como aplicar essa teoria na realidade em que trabalho, visto que tudo depende da vivência e condição em que essa criança vive.


domingo, 14 de maio de 2017


                                                   PROFESSORA X ALUNA
                                           


 Analisando minhas postagens percebo a enorme transformação pela qual passei e ainda estou passando. Porém, o que me deixou intrigada ao ler tais escritos, é que mesmo no início do curso eu tinha mais facilidade para escrever.
 Estava encantada pelo curso? Sim.
Eram mais leituras obrigatórias? Sim.
E agora? O que está acontecendo comigo? Não estou encontrando um assunto para aqui explanar. Onde foi parar aquela facilidade em  escrever? Não sei!!!
Por mais que eu reflita e analise todos os ângulos desta situação, eu me conheço e sei exatamente o que incomoda neste momento; não estou pronta para ser solta das mãos dos professores. Ainda não tenho a autonomia para executar o que está sendo proposto.
Diante os trabalhos que estamos precisando executar neste semestre, um em particular, está tirando meu sono e minha paz. Não sei e não estou segura para realizar o PA em minha turma. Sinto que sou como um aluno sendo exigido a ler e escrever um texto, sem antes dominar a leitura e escrita.
Sou professora, mas no PEAD sou aluna e como tal, necessito "daquele olhar mais atento da profe".
Como todo aluno, quero dar o meu melhor, porém preciso de uma base para isso, preciso que alguém me oriente ou simplesmente diga:
- Calma Ester! No teu tempo tu irás conseguir!

domingo, 7 de maio de 2017


                                                                    E AGORA?


Ao entrar no PEAD, meu maior desafio foi aprender a usar as ferramentas digitais. Em seguida, outro obstáculo que enfrentei foi praticar o uso desta tecnologia junto aos meus alunos. 
Pois bem, dois anos e meio depois deste susto inicial, sinto-me apta à executar as tarefas acima citadas, e hoje, àquilo ao qual sempre fugi, vejo como meu maior aliado  na execução do meu PA.
Não tenho domínio total de uma sala de informática, porém não sinto mais medo em mexer nos computadores e já consigo guiar minha turma naquilo que pretendo com eles. 
Diante disso, fui solicitar em minha escola permissão para ir ao laboratório de informática, no entanto obtive como resposta que estavam em manutenção . Pensei então no datashow, e.... também estragado!
Pela primeira vez me senti de mãos atadas diante a falta da tecnologia para trabalhar. Não sei que rumo tomar visto que tudo que planejei era através das ferramentas digitais.
Como boa professora criativa que sou, darei um jeito nesta situação. Mas o que me levou a fazer esta postagem é que dei-me conta de que aprendi e evoluí como educadora. Minha forma de planejar já contempla o que hoje é realidade para os alunos e afirmo com toda convicção do mundo: sem o PEAD, eu não teria passado por esta metamorfose. Estaria estagnada no "tradicional", com aulas cansativas e pouco atrativas aos alunos.
Através deste acontecimento, consigo refletir sobre a importância da reciclagem e da contínua formação de que precisamos. Há alguns semestres atrás eu não diria:
- E agora? O que faço sem a internet?
Mudei!!!