domingo, 30 de abril de 2017



                                                         SÍNDROME DE BURNOUT


Os professores são profissionais altamente acometidos pela Síndrome de Burnout .
Esta é caracterizada por fadiga intensa , desânimo, falta de motivação, sensação de cabeça vazia, apatia e irritabilidade.
O fato de estarem expostos  à todo tipo de comportamento e à situações que não lhe dizem respeito, mas que lhe são cobradas mesmo assim , fazem do educador um alvo certeiro para este processo de desgaste da psique.
Os sintomas conduzem o profissional à um determinado grau de depressão que lhe tira toda e qualquer vontade de exercer suas funções. Este, passa inclusive a mostrar-se incrédulo de suas habilidades de docente,  e pega para si, todo e qualquer problema que se apresente em sua turma.
Ninguém acorda determinada manhã com a Síndrome de Burnout, esta pode levar décadas para demonstrar seus primeiros sintomas, porém uma vez estabelecida é uma condição contínua e com severos progressos.
Professores do sexo masculino são mais propensos à Síndrome, bem como os profissionais mais jovens, uma vez que estes, vêem muitas de suas expectativas serem abandonadas ao longo da profissão.
Penso que todo educador passa pelos sintomas deste mal, porém, aqueles que conseguem ver os dois lados do problema e que buscam apoio psicológico, enfrentam e superam tal enfermidade. Isso se aplica na confirmação de que professores mais experientes lidam melhor com os fatores de alto estresse.
Buscar ajuda faz-se extremamente necessário, pois o professor com Síndrome de Burnout compromete não apenas sua qualidade de vida, mas o trabalho pedagógico de seus alunos.
Infelizmente , nem todos buscam auxílio para essa condição; “ vão empurrando com a barriga” e isso denigre sua imagem como profissional, já que a maioria dos professores que ignora essa patologia, são aqueles que usam-se de atestados médicos com grande frequência, licenças saúde e outra formas de ausentar-se de suas obrigações.
A Síndrome de Burnout é ligada diretamente à situação trabalhista do professor, então cuidar e estar atento ao sinais de estresse é fundamental para o bem estar de uma comunidade escolar , visto que esta depende de um profissional capaz e motivado.






domingo, 23 de abril de 2017


                                              E SUA SAÚDE PROFESSOR?????                     


Ser professor é algo que demanda muito da pessoa que escolhe essa profissão. Demanda abrir mão de estar com a família devido ao excesso de tarefas, principalmente aquelas que são levadas para casa; demanda o não poder ter momentos de lazer em épocas específicas do ano; demanda o aprimoramento contínuo, na maioria das vezes custeado pelo seu próprio salário; demanda saber e aceitar conviver com o descaso que a política pública tem com sua profissão; mas acima de tudo, demanda muito de sua saúde física e psíquica.
A grande maioria dos educadores exerce suas funções em mais de duas escolas, o que gera o fator cumprir horário, que automaticamente, lhe cobra o momento do almoço. Assim, come qualquer coisa e vai para mais uma jornada de trabalho. Não podendo esquecer, que nem todos possuem veículo próprio, tendo no transporte público, mais uma barreira a enfrentar. 
Temos professores que trabalham 60 horas ou mais por semana, o que torna-se quase desumano, visto que lecionar é algo que necessita do bem estar deste profissional. Porém, muitos esquecem que assim como todos, professores pagam contas , impostos e necessitam sobreviver. Já neste aspecto , sacrifica sua saúde em nome de poder cumprir com suas obrigações de cidadão.
Como muitos, professores são acometidos, por mazelas da vida. Não se pode escolher nossa herança genética. Esse, é mais um fator que aliado à pesada rotina dos educadores, acabam por gerar diversos quadros de complicações em sua saúde.
Saber conviver com o ser humano é o que o  diferencia das demais profissões. Mas esse "saber lidar" é o que lhe  adoece, pois tudo isso gera uma sobrecarga emocional devastadora que atinge direto o psique daquele que necessita estar totalmente são e sóbrio para poder agregar com sua função.
Sensibilidade é algo inerte ao educador! Porém a vida não lhe agradece ao mesmo modo, apenas lhe cobra que seja o melhor, que esteja sempre disposto e feliz, pronto para atender todo e qualquer tipo de situação. Mas.... e quem cuida do professor?



quarta-feira, 19 de abril de 2017


                                                            BALEIA AZUL



Nesta semana, um aluno comentou comigo à respeito da Baleia Azul. Não dei importância e ainda       falei que era bobagem, Foi quando as demais  crianças, gritaram quase que em coro que era verdade e que pessoas, já haviam morrido.

Confesso que não sou muito ligada às redes sociais, por isso minha ignorância diante esse fato absurdo que vem acometendo crianças e adolescentes.

Relatei o ocorrido em minha sala de aula e várias colegas já haviam ouvido falar nessa " história". Foi aí, que resolvi ir atrás de informações esclarecedores espantando-me, diante tamanha aberração contra a vida.

Quem sou eu para analisar uma criatura por detrás dessa insanidade? Porém, é fato de que se trata de alguém muito doente mentalmente, espiritualmente e socialmente. Tenho absoluta certeza que o mentor disso tudo é algum tipo de sociopata, pois somente uma pessoa com tal patologia é capaz de ser desprovida de empatia pelo seu próximo.

Sociopatas são frios e cruéis, sendo seu prazer, a dor alheia. E o pior dentre tais características. é que muitas vezes, eles estão camuflados entre os ambientes onde circulamos, à espreita para dar seu bote.

As redes sociais caíram como "uma luva" para um ser como este, afinal muitas de nossas crianças e adolescentes perdem horas de seus dias diante a tela de seus celulares. Ali, a carência parental encontra um consolo, e na sequência seres virtuais, que existem de verdade, adotam esses jovens e os conduzem a degradação total de sua essência como seres humanos.

Nem todos irão cair nesta armadilha, mas os mais suscetíveis e ingênuos  , poderão sofrer graves consequências em lidar com algo que à principio se apresenta, ao meu ver , como um jogo de videogame humano, onde tu passas por fazes, mas que o objetivo final é te levar ao game over!!!







domingo, 16 de abril de 2017


                                                          REFLETINDO

 Não nos tornamos reflexivos da noite para o dia! Essa capacidade vai se desenvolvendo a medida que forem criadas as condições favoráveis para tal. Sendo assim, volto-me para o, eu aluna do PEAD, e reflito minha evolução como aprendiz e, como isso se deu ao longo dos semestres. Hoje percebo uma outra estudante, tal qual está descrito no texto de Alarcão: " só o eu aprende a sí próprio. Como sujeito que se questiona a si mesmo" Minha capacidade atual de avaliar todo o processo de aprendizagem pelo qual passei permite que eu reflita na postura que tinha e que hoje nem de longe é a mesma. Agora percebo a importância de fatores que até então deixava de lado ou em segundo plano. Eu aprendi a refletir minha postura de aluna, e tal reflexão, permite-me agir de forma a contemplar o que a mim é proposto. Adquiri autonomia ao agir diante daquilo que reflito.
Penso que assim se dá o processo de aprendizagem em nossas salas de aula. O aluno reflete em suas dificuldades ou descobertas e a partir  daí,traça metas para que possa evoluir. No entanto, a criança não tem esse nosso entendimento sobre a situação. Ela faz todo esse caminho, no escuro, de forma abstrata, ou seja, sem saber o que está fazendo. Só será capaz de analisar o processo que efetuou a partir do momento que tomar consciência de suas atitudes. Enfim, a reflexão vem com a maturidade e a maturidade depende do caminho trilhado por erros e acertos.

domingo, 9 de abril de 2017



                                                         A ARTE IMITANDO A VIDA


Semana passada fui assistir ao  filme A Bela e a Fera e foi impressionante o outro olhar que tive em relação aos seus personagens.
O fato de estarem humanizados permitiu-me contemplar o que havia naquelas personalidades e que a ilusão do desenho animado escondia, ou que, até então, eu não conseguia enxergar. Foi com muita facilidade que pude visualizar todos os tipos de comportamentos corriqueiros em nosso cotidiano.
Entre muitos, o que mais me chamou a atenção foi  o personagem Gaston. Este,  é machista, egocêntrico e narcisista. Vemos a arte imitando a vida, pois muitos homens usam daquelas estratégias para aproveitar-se de situações, que à eles favorecem, esquecendo que estão lidando com pessoas, e que essas, possuem sentimentos. Criaturas assim, passam por cima de valores e do respeito ao espaço do próximo, visando apenas os seus interesses.
Muito preocupante ao meu ver, é como cada criança assimila e registra tais atitudes. É fato, que em suas brincadeiras,  nem todos querem ser o "mocinho" da história, e como no filme, Gaston "o vilão", tem um papel que se destaca muito maio que o da Fera, reforçando assim, que nem sempre é conveniente ser o herói da situação. Nossos pequenos, em pleno processo de formação assimilam isso de forma muito subliminar e daqui a pouco, já estarão reproduzindo gestos e atitudes grotescas.