domingo, 25 de dezembro de 2016



                                                            OLHAR QUE ELUCIDA


Na postagem de 28 de agosto, dissertei sobre o que as interdisciplinas deste semestre iriam acrescentar e elucidar em minha vida profissional.
Eu sabia que encontraria conceitos novos, outras formas de olhar o que em mim já estava acomodado, porém o que eu mais temia era descobrir que durante anos errei com meus alunos.
Hoje, já consigo visualizar e perceber que as metodologias que usei, estavam corretas, mas com uma forma  tradicional de ser aplicada.
Trabalhar o mundo pela visão da Matemática , Ciências e Estudos Sociais, me mostrou que posso e devo ser mais dinâmica, menos receosa e confiar mais na opinião e vontade das crianças.
Aprendi que usar a tecnologia apenas acrescenta , valoriza e alcança de forma mais contemplativa, os objetivos propostos. Facilita o meu trabalho de professora e de aluna/professora.
Descobri que Matemática não é o "bicho" que por muito tempo me amedrontou, mas que através de atividades lúdicas é possível se obter o mesmo ou melhores resultados ao esperado na forma convencional utilizada por mim.
Encantei-me com perguntas e respostas curiosas dos meus alunos. Compreendi que ao questioná-los de  uma forma desconfortável os induso  a buscar por uma solução.
Descobri que tudo passa pela mutação do tempo e  que assim como este, devo e preciso passar por essa metamorfose chamada mudança de metodologias e estratégias.
O receio do trabalho em grupo foi vencido pela oportunidade de aprender com outras "cabeças pensantes" e saber que é possível confiar no trabalho dos demais, assim como confio no meu.
Resumindo este semestre, posso defini-lo em uma única palavra "olhar", ou seja, ter mais e diversos olhares sobre uma mesma questão ou situação, afinal nada é mais definitivo que o aprendizado que levamos do mundo e ter mais de um olhar te abre um leque de interpretações possíveis. 

domingo, 18 de dezembro de 2016




                                                       MINHA ESCRITA

Hoje eu não sabia o que escrever aqui no blog. Então, para dar um tempo à minha cabeça, fui ler os enunciados para o próximo workshop.
 Lá, casualmente encontrei a  ideia para, neste espaço, dissertar: " Como superar a escrita que só reproduz as ideias dos autores e produzir uma escrita autoral/acadêmica"?
Particularmente eu pouco sigo as ideias dos autores. Ou seja, leio e aproveito aquilo que faz sentido para minha sala de aula e para meu aprendizado como professora/aluna. Admito tenho muita dificuldade em seguir exatamente o pregam e o que definem como verdade. 
Acredito sim, que a teoria serve para explicitar muita coisa, muitos eventos corriqueiros do dia a dia letivo, porém cada aluno é uma realidade e o que serve para um não serve para o outro. 
 Admiro Paulo Freire, Rubem Alves e Içami Tiba. Este último é pouco citado na universidade, mas ele trata de valores comportamentais, extremamente relevantes para nós educadores, pois nos mostra o porquê de muitos problemas que enfrentamos em relação ao aluno e sua família. Para mim, isso é muito mais importante do que textos  com linguagem acadêmica  de difícil compreensão e de pouca utilidade em nossa rotina.
Gosto muito de escrever e escrevo sobre o que para mim fica como verdade e aprendizado. Penso ter escrita autoral.
 Sou teimosa e tenho opinião própria sobre tudo, portanto, por mais que o autor seja o "bambambam" , se eu não me identificar com suas palavras e ali não encontrar verdade que feche com o que penso, dificilmente aproveitarei suas análises e conclusões.
E respondendo  a pergunta citada na introdução deste texto, concluo que não reproduzo a escrita de outros autores, afinal escrevo sobre as conclusões que chego sobre o que cada um deles  diz.
Sei que por pensar e agir assim posso estar me prejudicando, afinal aqui sou aluna e preciso seguir padrões estabelecidos; porém vendo por outro lado, será que não é esse o mesmo motivo que desmotiva os alunos,  quando em aula reclamam das atividades que nós professores, elegemos ser as melhores para eles?
Outro fator negativo que pesa sobre mim , é que, por pouco me basear em autores, acabo por não conseguir usar o que acolho como importante para meus escritos. Fico sem saber fazer as citações adequadamente.
Ainda não sei escrever academicamente, porém percebo que meu vocabulário mudou e está mais rico; isso é resultado da diversas leituras que faço na universidade.  E assim como as crianças , sei que aos poucos e no meu tempo, conseguirei produzir o meu tão sonhado escrito acadêmico.


sábado, 10 de dezembro de 2016


                                                                   EXAUSTÃO


Estou à beira da exaustão!!!
Meu cansaço é tanto que mal consigo pensar, raciocinar...
Fico questionando-me : será que é produtivo trabalhar e estudar desta forma? Com certeza não, pois tu ligas o "automático" e vai.
Só nesta semana, apliquei avaliações, corrigi avaliações, ensaiei meus alunos para festa de Natal, enfeitei suas fantasias, montei e desmontei um projeto decorativo, trabalhei no projeto do Seminário Integrador, fui na Festa da Escola e saí de lá mais de 9 horas da noite. E no outro dia? Visita!!!!
Quando os vi chegando eu simplesmente chorei; casa bagunçada, trabalhos para concluir e eu EXAUSTA.
Sei que todo final de ano é assim, porém acredito que muitas coisas poderiam ser revistas para o próximo semestre, como por exemplo, dar os trabalhos maiores e complexos logo no início, quando ainda estamos com gás.
Estou falando por mim e por minha atual realidade, 50 horas de jornada nas escolas, mais trabalhos acumulados, mas acredito que outras colegas se encontram nesta situação.
 Desde que iniciei o PEAD, esta é a primeira vez que estou com tarefas pendentes. Pode parecer bobo, mas tenho vergonha de não cumprir datas e metas, afinal, como professora, cobro isso dos meus alunos. E como darei o exemplo se eu mesma não o sigo?
Acredito que ao fazer qualquer atribuição sob pressão, seu rendimento pecará na qualidade, ou não! Já nem sei o que pensar sobre isso direito...
Escrevi este desabafo, pois não estou conseguindo falar de outra coisa. Sempre redijo sobre meu cotidiano escolar e suas contribuições para meu aperfeiçoamento; porém neste momento escolho as melhores palavras para definir meu total estado de fadiga.

domingo, 4 de dezembro de 2016



                                           ESPAÇO E FORMA
                                        

                             
Sou uma pessoa que reconheço ter problemas nos quesitos espaço e lateralidade, mais propriamente dito.
Caso alguém me peça para dobrar à esquerda, por exemplo, preciso pensar com qual mão eu escrevo, só a partir daí,  sei para que lado preciso me dirigir.
Na questão de espaço, apresento muita dificuldades em localizar-me. Logo que comecei a frequentar o pólo do Valle, lembro que constantemente me perdia. Acho que foram mais de dois meses para chegar em minha sala de aula sem me perder.
Tudo isso, acredito eu, ter sido reflexo de não ter tido atividades que contemplassem essas minhas necessidades. Ou ter sido mal  trabalhado em mim. Lembro de uma tarefa que minha professora do 3ºano aplicou, onde eu tinha que desenhar balões nas mãos de crianças que estavam ( de frente e de costas). Isso me marcou muito pois a profe falou para meu colega não me dar as respostas. Hoje eu penso : Por que ela não me ensinou? Por que não fez tarefas práticas? Criança aprende bem e melhor quando visualiza , contextualiza, participa da criação, quando é agente principal de sua aprendizagem
Trago essas memórias para sala de aula e procura ser mais concreta possível.
Lembro que fiz o TANGRAN com minhas crianças. Eles adoraram. Há uma parte na leitura sugerida que diz que a criança aprende também por imitação, e eu , concordo plenamente, pois à essa turma eu mostrei as possibilidades de imagens que podem ser feitas com as figuras do TANGRAN  e saiu maravilhas.
Já em outra turma eu não mostrei as possibilidades de criação com as figuras do TANGRAN e poucas crianças tiveram criatividade suficiente para explorar o jogo. Penso que estes não tiveram o estímulo necessário.
Concluo que nós professores, devemos orientar os alunos sempre da maneira mais prática possível afim de auxiliá-los a construir o conceito de abstração, lateralidade e todos os outros, pois são totalmente utilizados  e necessários em nosso dia a dia.