sexta-feira, 28 de outubro de 2016


                                             FAZENDO MASSINHA DE MODELAR


Hoje aprendi uma receita nova:  como fazer  massinha de modelar.

No começo, achei um pouco estranho. Pensei que meus alunos de 8 e 10 anos, não se interessariam pela tarefa.
Eu estava completamente enganada! Eles adoraram! E eu, adorei mais ainda.
Que coisa mais divertida e legal! É prazeroso fazer com as crianças algo que ,de simples ingredientes, possibilita à eles uma série de experiências lúdicas e construtivas.
Todo trabalho é feito em equipe e para transformar farinha no produto final, faz-se necessário o apoio de todos. É encantador o modo como se auxiliam mutuamente atrás de seu objetivo.
Durante muitos anos, trabalhei com Educação Infantil e embora soubesse da possibilidade de fazer este material, nunca me interessei pelo mesmo. Pois agora, com meus alunos grandes do fundamental, me diverti como criança e constatei que na verdade, era eu quem estava com medo de ir de encontro ao novo, à novas descobertas. Era eu quem estava com medo de fazer sujeira.
Criança é criança, Seja ela pequena em sua primeira infância , ou já maiorzinha , quase na pré- adolescência. Todos se deslumbram com aquilo que constroem, e melhor ainda se podem fazer de seu projeto, um novo brinquedo.












domingo, 23 de outubro de 2016



O TEMPO DA CRIANÇA


No texto lido para a interdisciplina de Representação do Mundo pelos Estudos sociais,  identifiquei-me com a frase de SAMPAIO (2002) “o tempo da escola é diferente do tempo das crianças, pois existe a expectativa de que todas aprendam num determinado tempo definido como série”. Essa  citação é a minha realidade de sala de aula, pois hoje, com a não reprovação, os alunos muitas vezes chegam ao 3º ano sem estar alfabetizados e eu, fico com a incumbência de completar este ciclo juntamente com eles.
Muitas vezes, este trabalho é fácil, porém em outras fica muito complicado, pois a criança apresenta dificuldades pontuais que me deixam  sem poder atendê-la em suas especificidades, uma vez que tenho outros alunos em diferentes fazes de aprendizagem e também porque preciso vencer os conteúdos mínimos exigidos pela escola.
A criança aprende no seu tempo. Isso é FATO! Todos que chegam ao 3º ano com sua alfabetização  incompleta ficam com uma defasagem completamente nítida, porém, também é evidente como no seu ritmo, essa criança, aos poucos, vai sanando suas dificuldades e solucionando suas questões.
A escola precisa VER E COMPREENDER esse tempo, só assim estará respeitando o ritmo do aluno e de sua maturidade para novas aquisições.
No entanto,  a não reprovação, deixou uma lacuna para aqueles educadores que não estimulam e trabalham adequadamente a alfabetização de seus alunos.
O período de 10 meses em que estamos junto às crianças é suficiente para uma evolução significativa de seu aspecto cognitivo, porém este tempo deve ser aproveitado com atividades ricas e significativas para este processo. Uma alfabetização  mal estruturada, sem vivências e experiências adequadas afetam de modo negativo, toda a escolarização de uma criança.
Penso que cumprir a carga horária escolar é nosso dever, desde que o tempo de aprendizagem do aluno seja extremamente vista e analisada , dentro de suas limitações, singularidades e especificidades. Não temos que trabalhar para preencher carga horária e sim para mostrar ao aluno que ele é capaz de aprender tudo, dentro de um tempo que será somente seu.



terça-feira, 18 de outubro de 2016



                              SERIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO

Ao realizar essa tarefa eu tinha por objetivo que meus alunos conseguissem separar os diferentes grupos de palavras dentro daquele conjunto.
Inicialmente o que me disseram foi o obvio, palavras com G; mas após minha intervenção foram se dando conta das demais maneiras que podiam dividir aquele grupo de palavras.
O que percebi é que para a criança não é tão simples realizar a classificação de diferentes grupos dentro de um contexto variado. É algo abstrato e vago. Porém, se tu vais orientando, instigando a investigação o resultado esperado vai surgindo aos poucos, de maneira muito tímida e insegura. 
No entanto, se tu os incentiva e mostra que estão no caminho correto, mostram-se persistentes na solução da questão a se definir. 
                                  

                                  Coloquei no quadro as seguintes palavras:

gelatina
gemada
goiaba
giz
gel
grilo
gafanhoto
gaveta
ganso
garrafa
girafa

graviola
gravata

                                          CONJUNTO DE PALAVRAS COM G

Após pedi aos alunos:
-Se vocês precisassem separar essas palavras em grupos, como fariam?
A resposta não veio de imediato. Mas a primeira coisa que falaram foi que todas palavras tinham G.
Depois de darem respostas que não era a esperada, uma menina falou:
-Ali tem objetos , alimentos, animais e roupa.
Eu tentei induzir separar alimentos de frutas. Eles não aceitaram, pois disseram que fruta é de comer. ( eu particularmente não esperava por isso, porém acatei a opinião deles).

Fizemos então os seguintes grupos:
OBJETOS
ALIMENTOS
ANIMAIS
ROUPA
giz
gelatina
gafanhoto
gravata
garrafa
graviola
girafa

gel
gemada
grilo

gaveta
goiaba
ganso


Fui questionando:
-Há mais alguma maneira?
Depois de tentativas, eu falei:
- Lembrem das sílabas! ( tentei induzir ao número de sílabas),
porém a mesma menina falou:

- Dá pra fazer palavras com GA GE GI GO GRA E  GRI
GA
GE
GI
GO
GRA
GRI
garrafa
gel
giz
goiaba
graviola
grilo
gaveta
gelatina
girafa

gravata

ganso
gemada




gafanhoto






Em seguida continuei tentando:
Lembrem das sílabas! Dos números de sílabas. Estão lembrados
de quando a palavra tem uma, duas três ou mais sílabas?
Então eles lembraram e eu perguntei?
- Será que podemos separar essas palavras pelo seu numero de sílabas?
-Sim, eles disseram.

Então fizemos mais um grupo:
PALAVRAS MONOSSÍLABAS
PALAVRAS DISSÍLABAS
PALAVRAS TRISSÍLABAS
PALAVRAS
POLISSÍLABAS
giz
grilo
garrafa
gelatina
gel
ganso
gaveta
graviola


gaiola
gafanhoto


gemada



girafa



gravata


Após conversei com eles e expliquei que de um único grupo de palavras,
podemos criar outros grupos , desde que tenhas uma lógica que o justifique.
                                            
                                             JUSTIFICATIVA

Numa primeira fase é importante desenvolver a capacidade de se estabelecer critérios ou atributos para um conjunto de objetos. Ao separar os objetos segundo os critérios definidos, se evidenciam os conjuntos, possibilitando a passagem por um primeiro estágio do pensamento lógico e um fundamento necessário para a compreensão da inclusão de classes e a classificação hierárquica. Trata-se de um requisito prévio para que as crianças desenvolvam suas habilidades em formar conjuntos utilizando critérios mais abstratos.
Quando se utiliza um critério de classificação é preciso saber o que significam os critérios estabelecidos e o que deve ser observado nos elementos para decidir a que conjunto pertencem.
Essas discussões são muito ricas, pois permite que os alunos percebam que podem ser mais ou menos rigorosos na elaboração dos critérios e restringindo mais ou menos conjuntos formados.




quarta-feira, 12 de outubro de 2016



                                                    AOS MEUS ALUNOS


  
Sempre falo que trabalho com criança porque criança é vida e alegria.. Elas possuem uma pureza que a adolescência e suas chatices ainda não conseguiu atingir.
Agradeço à Deus todos os dias por minha profissão, pois ao lidar com esses pequenos é como se estivesse bebendo de um elixir da juventude. Através deles,  a criança em mim continua viva.
Toda professora sabe os heróis do momento, o hit preferido, e a última modinha. Sabemos de suas fofocas da sala, do recreio e até de seus amores escondidos.
Trabalhar com criança é uma dádiva. Em seus olhos há a vida, que muitas vezes perdemos em nossas preocupações. Trabalhar com criança é saber que não há rotina, mesmice e tédio. É saber que a cada momento palavras e descobertas  abrem a porta de novas experiências. 
Muito da profissional que sou, devo aos meus alunos. A criança tem uma sabedoria nata que mostra através de gestos como quer e gosta de ser tratada. Nenhuma universidade te ensina isso.
Quem sabe escutar  uma criança tem a sapiência do entendimento humano. Ah, e ela não fala apenas através de palavras. A criança fala com os olhos, atitudes e principalmente com o modo como te trata. 
A criança sabe quando é amada e estimada. Por isso muito cuidado! Elas são os seres mais perceptíveis que existem.
Hoje quero apenas agradecer tudo que aprendi com as crianças que ao longo de todos esses anos, passaram por mim. Errei com eles? Claro que sim! Mas sempre foi tentando acertar, tentando ser a melhor professora possível.

domingo, 9 de outubro de 2016


                                               TRABALHANDO COM CIÊNCIAS
                                           

                                          
Adoro trabalhar Ciências com meus alunos. Em minhas aulas, faço o máximo possível, para trazer até eles experiências ou vivências concretas para que visualizem o que estudam na teoria.
No currículo do 3º ano, estudamos a água, o ar e o solo. Mas já trabalhei com os animais e as plantas e não tem nenhum desses assuntos em que eu não tenha feito algo que aguçasse a curiosidade das crianças.
Meses atrás, minha colega deu à sua turma a incumbência de redigir um pequeno texto sobre alguma de suas professoras passadas. Um menino me escolheu e em suas palavras relatou que eu era ótima professora pois ensinava sobre a vida das minhocas, Achei o máximo!!! Fiquei super lisonjeada! Afinal , de alguma forma consegui atingir e marcar aquele aluno.
Como educadora, tenho por objetivo mostrar a realidade da vida,e através do ensino de Ciências encontro a ferramente perfeita para me auxiliar nesta função. A junção de prática e teoria nesta disciplina é extremamente possível e viável, fazendo assim, com que as aulas sejam mais dinâmicas e divertidas.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016



                                                     O MUNDO DOS NÚMEROS

                                                   


Nesta semana , tivemos a primeira aula de Representação pelo Mundo da Matemática. Logo no início, o professor perguntou:
- Quem tem medo da Matemática?
- Eu, prontamente, mais que depressa, ergui minha mão, bem no alto, pois realmente essa é uma disciplina que para mim, não precisaria existir.
Em seguida, uma colega sugeriu:
- Quem tem medo de ensinar Matemática?
- Fiquei quieta. Refleti que apesar de não ser muito amiga dos números, não me incomodo em trabalhar o universo  da lógica com meus alunos. Bem pelo contrário, sinto-me segura nesta questão.
Como professora, criei várias estratégias metodológicas para facilitar, ao máximo, a compreensão da abstração que encontramos ao lidar com as exatas.. Para mim, é muito evidente que , quanto mais concreto e próximo da vivência da criança, mais fácil fica e menos receio aparece no desenvolver das atividades. O aluno precisa perceber, que aquela tarefa de aula será utilizada em seu dia a dia. O desafiador não precisa ser difícil nem complicado. Basta aguçar a curiosidade!
É óbvio que muitos problemas relacionados à esta disciplina, está atrelada à imaturidade da criança em abstrair determinado processo. Neste caso, o professor deverá estar atento ao modo como ela está elaborando tudo isso em seu pensamento; como está processando todas essas informações. Conforme amadurece, vai acomodando o construído;  permitindo-se  conhecer e buscar  novos conceitos e aprendizagens.
Leciono Matemática, do modo que “eu criança”, gostaria de ter aprendido. De forma concreta, desafiadora e acima de tudo lúdica. O medo me ensinou! Não quero que minhas crianças convivam com esse sentimento.
Acredito que quando temos dificuldade em algo necessário à nossa vida, buscamos por fórmulas de facilitar nosso convívio com este elemento.
Afirmo: eu e os números não somos os melhores amigos, porém, temos uma relação amistosa.