domingo, 25 de setembro de 2016


                                             
                                                           "ESCOLA ASAS"


Quero e esforço-me todos os dias para dar asas aos meus alunos.
Respeito seus limites, capacidades e principalmente trabalho suas potencialidades. A partir do momento que tu olha a singularidade da criança , és capaz de oportunizar à ela a experiência de desabrochar para vida de uma forma mais leve, ou seja, fazendo aquilo que sabe, que quer e que ama.
Muitas vezes, aos 8 anos de idade temos ali, conosco em uma manhã fria de inverno, uma estilista, uma artesã,um médico... as crianças dão indícios através de seus interesses. Cabe à nós, escola e família potencializarmos tais habilidades, para que essa criança possa construir sua estrada, aos poucos, refletindo naquilo que aos poucos está se tornando.
Muito comum, a criança ter apenas em nós, professores, essa motivação diante um talento descoberto. E aí, entra nosso papel social e  humano de lidar com a situação;  mostrar à criança que  ela será capaz de realizar seus sonhos.
É isso que motiva todos os dias à sair de minha casa... saber que sou e que faço a diferença na vida de pelo menos um de meus alunos.






                                                                               






quinta-feira, 22 de setembro de 2016



                                                                 ELUCIDAR


Setembro é um mês muito especial para nós gaúchos.
Como professora, sinto-me realmente orgulhosa em trabalhar com meus alunos aspectos importantes e relevantes à nossa tradição. Porém,será que tudo que falo e questiono condiz com a verdade do que foi realmente a Revolução Farroupilha? Será que, em todos esses anos, consegui relatar fielmente o que foi este episódio? Tenho certeza que não.
Falar de nossa cultura não é somente dizer que tomamos chimarrão e comemos churrasco. Vai além disso. É mostrar aos alunos que essa guerra deixou um rastro de sangue e covardia. É não deixar esquecer que os laneiros negros foram traídos por seu  povo, que os abandonou à própria sorte em uma emboscada. 
Após 10 anos, esta guerra acabou em nada, com um tratado de paz que esqueceu o interesse dos escravos mortos.
Como educadora, me nego a esconder esta verdade. Porém, em mim, como formadora de opinião e exigente comigo mesma, me indago se realmente as coisas aconteceram como aprendi e como vejo este fato.
Toda  incerteza que tenho, me surge em um momento  que me dou conta de que muito já ensinei coisas erroneamente aos meus alunos. Muito do que ensino, são aprendizados que ao longo do tempo, foram reforçando aquilo que aprendi na escola. E tinha muita coisa errada.
As cores da Bandeira Brasileira, tem em suas cores, um outro significado que não remete às matas, ouro, céu e paz. Eu levei muito tempo pra saber que a estrela solitária não representa  o Distrito Federal e sim o Amapá. Por quê minhas professoras não me ensinaram corretamente? Acho que elas também não sabiam!!! 
Por quê me ensinaram um contexto mentiroso sobre a Independência do Brasil? É errado faltar à verdade. E muitas vezes, eu pequei neste sentido; por ignorar , por não buscar   os fatos como realmente são ou foram.
Mesmo sendo pequenos, é possível didaticamente, relatar aos nossos alunos, momentos históricos sem omitir seus reais contextos.
Hoje, percebo nestes detalhes que citei, uma falha na minha formação de Magistério. E aí eu afirmo com convicção: a história de nosso país é uma estranha entre nós, pouco se sabe sobre a realidade dos fatos e pouco se faz para buscar e elucidar nosso passado.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016





                                                           ESCRITA AUTORAL


Gosto de escrever. É algo libertador. Através de minha escrita, mostro-me exatamente como sou e no que penso. Escrevo melhor do que falo. E nas linhas de um papel, facilmente decorro sobre minha verdadeira essência. Minhas palavras, assim como eu , são transparentes e cúmplices de uma personalidade inquieta e sensível.
Quem me conhece, tranquilamente me percebe naquilo que redijo. Penso, que por ser autêntica, dificilmente conseguiria relatar sobre algo que não me consta como verdade. Ficaria configurado como hipocrisia e isto, não condiz com minha pessoa.
Identifiquei-me com  Clarisse Lispector quando menciona o escrever como algo perigoso, que mexe no que está oculto e nas ciladas em que as palavras podem te colocar. "Escrever é uma pedra lançada no poço fundo". Porém, diferentemente dela, nesta citação, eu não tenho medo de escrever, mas  afirmo que ao transpor teus sentimentos à um papel, tu arranca do mais profundo "eu"dores e feridas que estavam ali, quietinhas. Ao escrever, tens o direito de ser apenas tu e a verdade, tu e teus sentimentos. Palavras escondem  segredos, que uma vez soltos no papel, podem fazer um estrago imensurável, ou selar algo para sempre.
Vejo o ato de redigir, diretamente ligado à personalidade de cada indivíduo. Se escreve do mesmo modo como se encara a vida. Isso pode se dar de forma muito direta sem percalços, sem se deixar abater, ou então, de forma mais cuidadosa, tendo a atenção em usar adequadamente o momento certo para aplicar determinada expressão. Nossa existência é vivida assim, damos a cara à tapa ou temos o zelo em nos preservar de imprevistos passíveis à todos nós.
Enfim... escrever, redigir, citar, relatar, transpor é dançar com a vida, escolhendo as palavras certas nos momentos certos, ou não!Neste caso, escrever é correr o risco sobre nossas ações.





domingo, 11 de setembro de 2016


                                                                    ELE CHEGOU




Muitas vezes fiz brincadeiras em relação ao meu celular antigo. Por vários anos, usei aparelhos sem internet e  capaz de ser utilizado em sala de aula ou na rotina do dia a dia.
Por fim, o tempo passou e meu  telefone "dinossaurinho"estragou. Estragou de vez!!!
Me obriguei a aderir à alta tecnologia dos Smartphones. E sabe de uma coisa? Estou simplesmente adorando! Parece clichê o que direi, mas não sei como vivi tanto tempo sem as facilidades deste mini computador.
Na verdade, tinha receio em não saber mexer e passar vergonha, uma vez que tais equipamentos são como brinquedos nas mãos das crianças.
Mas o que era medo virou pura diversão! Vou até tarde assistindo vídeos no youtube, e o melhor, no conforto da minha cama. 
Para quem sempre teve acesso à esse tipo de tecnologia pode ser ridículo o modo como me expresso, porém, para mim tudo ainda é novidade e cada descoberta me mostra um mundo que até então eu só ouvia falar e via com os outros.
Não posso negar que tenho passado alguns "bocados" com meu novo brinquedinho. Tenho vários acessores  de tecnologia ao meu dispor ( meu filho, marido, colegas de serviço e principalmente meus alunos); estes me ajudam a realizar o que ainda não aprendi e os atalhos que facilitam o uso desta ferramenta.
Tiro muitas e muitas fotos! Adoro registrar os feitos de minhas crianças. Inclusive, estou registrando diariamente os trabalhos de minha aluna que é autista e uma artista nata. Farei uma exposição de tudo que produz dentro de sua arte. Sem essa ferramenta, com certeza essa tarefa estaria mais implicada em se realizar.
Poderia ficar escrevendo por horas sobre a nova descoberta que chegou até mim. Porém, nada se compara ao fato de me sentir igual aos outros. Agora, sou incluída neste mundo virtual e móvel.
Sem dúvida, toda essa transformação aconteceu graças ao PEAD, que me tirou da minha rotina jurássica e me fez caminhar sob um novo horizonte que todos os dias se apresenta com uma nova perspectiva de vida e oportunidades para mim, como pessoa e professora.
Ah, um detalhe que eu já estava esquecendo: meu telefone é bem quietinho!!!! Não deixo ele fazer aquele assobio insuportável! kkkkk