Meu nome é Ester, sou uma pessoa simples que gosta de ouvir e de contar histórias. Sabe aquelas que encantam, fascinam e inspiram? Essas! Gosto de gente! Gosto de gente que gosta de gente!
sábado, 25 de abril de 2015
quinta-feira, 23 de abril de 2015
terça-feira, 21 de abril de 2015
MINHAS MEMÓRIAS
MINHAS MEMÓRIAS
A primeira
imagem que me remete à educação é de ficar apreciando as crianças indo à
escola, e a vontade de fazer parte daquele mundinho, isso aos 3, 4 anos de
idade.
Recordo que
aos 8,9 anos já liderava brincadeiras de rua, tal qual uma professora com seus
alunos. Nessa época, ou um pouquinho
mais tarde, recebi minha primeira aluna particular, seu nome era Ana e sempre
lhe ajudava com reforço escolar. Por
três anos consecutivos, deu certo.
Recebia até um dinheirinho por isso.
No Ensino
fundamental, destacava-me dos outros alunos, pela forma criativa de fazer,
abordar e apresentar os trabalhos. Gostava de auxiliar meus colegas, de
envolver-me nas festas e apresentações. Era boa aluna, mas nunca fui a 1ª da classe. Um
professor sempre dizia que eu corria por fora em relação aos demais. Não
gostava de ouvir isso.
Via os
professores como “deuses” na terra. Meu espelho e referência. Lembro de quase
todos. De suas histórias, seu modo de
dar aula. Lembro do perfume do professor Nilo! Até as folhas de ofício tinham o
cheiro dele. Lembro que eu ficava olhando as profes lá na frente do quadro
verde e achava aquilo simplesmente o máximo. Queria ser igual a elas. Elas eram
inteligentes, bem vestidas, eram bonitas. Eu me via no lugar delas.
Um dia a professora de Português, Susete, pediu para
ajudar a corrigir as provas, eu simplesmente fui ao céu e voltei.
Aos 15 anos
ingressei na Escola Paulo Da Gama para cursar o Magistério, iria ser
professora. Era um mundo novo, uma linguagem até então desconhecida, mas
identifiquei-me com as palavras de
muitas professoras e colegas: o quanto é gratificante ensinar uma criança.
Foi um período
maravilhoso e também muito difícil. Muitas vezes, não tinha o dinheiro da
passagem e fazia a pé o percurso do T4, que era o segundo ônibus que eu
utilizava. Eram quatro conduções ao dia. Nas terças-feiras, era necessário
ficar na escola no período da tarde. Em muitas ocasiões minhas amigas pagavam o
almoço para mim. Digo amigas porque algumas permanecem até hoje.
Aprendi demais
na fase de adolescência, embora hoje, eu pense diferente. Acredito que nesta
idade não estamos prontas para assumir uma turma. Somos imaturas. Eu era.
Meu estágio na
Escola Violeta Magalhães foi horrível!
Me deram uma 4ª série só com
alunos repetentes. Eu tinha 18 anos e
algumas das “crianças” 16. Eles não
tinham professora titular e eu fiquei sozinha até que a SEC mandasse alguém.
Fiz muita coisa errada só hoje tenho consciência disso. Conduzi a turma como
pude. Não tirei um 10 no meu estágio, mas a frase que ouvi de minha supervisora
valeu mais que isso: TU TENS JEITO PRA COISA GURIAZINHA!!! Pensa numa pessoa
feliz? Eu!
Nessa época eu
já trabalhava em escolas infantis, comecei ainda no curso Magistério como estagiária
pela Prefeitura de Porto Alegre, depois de formada, segui pelo mesmo caminho
porém, na rede particular.
Aos 20 anos
casei. Aos 23 tive meu filho. Nunca parei de trabalhar. Mas conciliar marido,
filho pequeno, trabalho e faculdade, nesta época, foi impossível. Tanto que,
iniciei o curso de Pedagogia por duas vezes, em duas Universidades distintas,
Ulbra e La Salle. A questão financeira também foi predominante.
A Educação
Infantil foi a maior experiência
profissional que tive. Nas diversas escolas
em que trabalhei aprendi a ser professora e me deram uma excelente base
profissional. Ao todo, foram 17 anos de aprendizado e boas relações. Por outro
lado, eu não me sentia feliz, não me sentia professora, nem reconhecida, era
mal remunerada e o pior, me sentia explorada, pois, trabalhava quase 12 horas
por dia.
Em 2005, fui
aprovada no concurso Estadual, porém não fui nomeada assim como quase ninguém. Porém,
fui chamada para trabalhar como contrato emergencial, isso já em 2008. Fui bem
faceira, iria largar, aquela vida de cuidar dos sapatinhos da “Barbie” e das
rodinhas dos “Hot Wheels”.
Na pré escola,
ao meu ver, o foco
dos pais é que cuidem dos seus filhos e dos brinquedos deles. Não é o aprendizado em
si que conta , e eu , estava saturada
disso. Queria dar aula. Eu até conseguia
trabalhar com projetos, ensinei muitas crianças a ler, mas faltava alguma
coisa...eu não queria ser a tia Ester... queria ser a Professora Ester!
E assim foi...
em março de 2008 assumi minha primeira turma no Estado. De lá pra cá, muitos alunos,
histórias e vidas passaram por mim. Sou grata por todos, pois sei que de alguma
forma, fiquei e marquei cada um deles, assim como eles à mim.
A sala de aula
é meu porto seguro. Ali me sinto segura, é meu chão. Mas quando, no ano passado
fui aprovada com uma vaga na UFRGS, tive a certeza de que além de segura, serei
uma professora preparada no chão que escolhi
para encarar futuras gerações que
estão chegando.
E não quero
parar por aqui, quero estudar até quando conseguir, quero estudar até o corpo aguentar...
segunda-feira, 20 de abril de 2015
Amanhã quero e serei uma professora melhor
Acreditar que posso fazer a diferença na vida de alguém é o que me faz buscar mecanismos de aperfeiçoar aquilo que já sei, formas de aprender aquilo que não sei e repensar aquilo que penso que sei.
Em nossa profissão, aprendemos todos os dias. Aprendemos que muitas vezes, estamos erradas em teorias que defendemos há anos e como é desconfortável admitir estar erradas em nossas atitudes, no modo de ensinar, em nossa fala, no modo como abordamos e corrigimos nosso aluno. Com certeza, tudo que fazemos é com a intenção de oferecer o melhor à essa criança que está diante de nós. Mas nos fechamos às mudanças e cegamos diante nossa arrogância de "bom profissional" e deixamos o tempo passar, o mofo chega e quando vemos a tecnologia bate à nossa porta.
Ontem meu sobrinho de 10 anos configurou aqui no portfólio, em minutos, coisas que há dias eu não conseguia. A magia dos seus dedinhos ágeis me encantou! A segurança em mexer no computador, o não ter problema em errar e fazer novamente, o não ter medo da máquina fez refletir minha postura como professora. As crianças de agora, aprendem diferente, querem uma professora diferente. Como trabalhar com esse aluno se eu me nego a levá-los no laboratório de informática por não saber utilizar a tecnologia disponível na escola?
O PEAD, chegou em tempo de me reciclar como professora....assim poderei dizer:
-Amanhã quero e serei uma professora melhor!
Em nossa profissão, aprendemos todos os dias. Aprendemos que muitas vezes, estamos erradas em teorias que defendemos há anos e como é desconfortável admitir estar erradas em nossas atitudes, no modo de ensinar, em nossa fala, no modo como abordamos e corrigimos nosso aluno. Com certeza, tudo que fazemos é com a intenção de oferecer o melhor à essa criança que está diante de nós. Mas nos fechamos às mudanças e cegamos diante nossa arrogância de "bom profissional" e deixamos o tempo passar, o mofo chega e quando vemos a tecnologia bate à nossa porta.
Ontem meu sobrinho de 10 anos configurou aqui no portfólio, em minutos, coisas que há dias eu não conseguia. A magia dos seus dedinhos ágeis me encantou! A segurança em mexer no computador, o não ter problema em errar e fazer novamente, o não ter medo da máquina fez refletir minha postura como professora. As crianças de agora, aprendem diferente, querem uma professora diferente. Como trabalhar com esse aluno se eu me nego a levá-los no laboratório de informática por não saber utilizar a tecnologia disponível na escola?
O PEAD, chegou em tempo de me reciclar como professora....assim poderei dizer:
-Amanhã quero e serei uma professora melhor!
domingo, 19 de abril de 2015
terça-feira, 14 de abril de 2015
COINCIDÊNCIAS DA VIDA
Na aula de ontem, a fala de uma das profes foi mais ou menos assim: " a melhor coisa para um professor é rever seus alunos que já se foram..." Concidência ou não, hoje pela manhã, entra pela minha porta, esse aluno querido, que muito precisou de mim como professora e do meu olhar como ser humano.O diferencial que fomos na vida um do outro nos marcou, deixou valores enraizados, sementes frutificadas e a certeza de que aquilo que se faz com amor, dedicação e perseverança, acaba virando uma visitinha inesperada no final de uma manhã qualquer.
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