segunda-feira, 5 de novembro de 2018

                              

                            REFLEXÃO DA 3 º SEMANA DE ESTÁGIO



Durante esta semana,  alguns de meus alunos apresentaram uma considerável dificuldade em compreender o conceito METADE. Mesmo trabalhando com material concreto ( palitos de picolé e tampinhas), visualizando, fazendo a divisão utilizando-me das próprias crianças e desenhando, para alguns, ainda ficou bem abstrato assimilar o que  representam as metades.
 Outros porém,  já demonstraram estar construindo em si, este novo aprendizado. Como estratégia para desenvolver este conceito com todos, propus que se ajudassem mutuamente para que assim, fossem  fazendo as descobertas que este conteúdo propõe. Aqui, fica muito nítida a questão do tempo que a criança precisa para fazer novas assimilações, demonstrando fortemente que todo aprendizado é altamente singular, mesmo vinculado à estratégias grupais.
Ana Ruth Starepravo que é doutoranda em Psicologia pela Universidade de São Paulo e especialista em campo multiplicativo percebeu que:
“ Mesmo marcados pelo modus operandi do ensino tradicional, os alunos estabeleciam conexões entre o que já sabiam e as novas propostas. Porém é preciso retomar certas questões para que as relações entre as operações sejam compreendidas de fato. “Muitas crianças repetem bem os procedimentos que aprendem, mas não têm compreensão do conceito”, diz. O jogo é uma atividade propícia para introduzir o trabalho com campos conceituais com os mais velhos, pois nele a criança geralmente está livre das exigências habituais e pode se valer de todo tipo de procedimento”.
Assim sendo, cabe à mim como educadora, criar novas maneiras que permitam ao aluno, ir construindo seu aprendizado de forma mais contemplativa às suas dificuldades, Vejo no jogo, uma excelente ferramenta para desenvolver tais questões, pois assim, brincando, irá aos poucos, elaborando em sí, novos conceitos que servirão de base para futuros aprendizados.
Sigo ainda tendo bastante dificuldade em linkar nosso eixo temático aos assuntos que preciso trabalhar em minha turma. Sinto que essa dificuldade está me bloqueando, fazendo com que eu não consiga elaborar metodologias criativas para abordar o tema diversidade.  Essa dificuldade entretanto, está pontual na Linguagem Matemática.
Ao abordar a questão da diversidade, que envolve os diferentes tipos de infâncias vivenciadas por muitas crianças, percebi um interesse bastante notório em meus alunos na questão abordada. Ao debatermos e refletirmos sobre o fato de muitas crianças necessitarem trabalhar por  miséria ou pela simples exploração, constatei uma enorme empatia por parte deles.  Os exemplos que citaram, as reflexões que construíram me fizeram sentir orgulho daquilo que já conseguem expressar. Percebi que aquele trabalho de formiguinha durante muitos meses fazem com que aos poucos, eles percebam que são cidadãos de uma sociedade e que podem analisar e questionar sua sistemática. O interesse deles foi tanto, que precisamos de mais tempo que o planejado por mim para concluirmos as tarefas propostas para esse assunto. Os escritos que fizeram sobre o tema abordado mostraram-se bastante críticos à essa problemática. Dei-me conta que mesmo sendo crianças conseguem opinar com convicção sobre aquilo em que acreditam.
Por esse motivo as atividades que envolviam formas geométricas e tangram precisaram ficar para próxima semana.

REFERÊNCIA:



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