REFLEXÃO DA 3 º SEMANA DE ESTÁGIO
Durante esta semana, alguns de
meus alunos apresentaram uma considerável dificuldade em compreender o conceito
METADE. Mesmo trabalhando com material concreto ( palitos de picolé e
tampinhas), visualizando, fazendo a divisão utilizando-me das próprias crianças
e desenhando, para alguns, ainda ficou bem abstrato assimilar o que
representam as metades.
Outros porém, já demonstraram estar
construindo em si, este novo aprendizado. Como estratégia para desenvolver este
conceito com todos, propus que se ajudassem mutuamente para que assim, fossem
fazendo as descobertas que este conteúdo propõe. Aqui, fica muito nítida
a questão do tempo que a criança precisa para fazer novas assimilações,
demonstrando fortemente que todo aprendizado é altamente singular, mesmo
vinculado à estratégias grupais.
Ana Ruth Starepravo que é doutoranda em
Psicologia pela Universidade de São Paulo e especialista em campo
multiplicativo percebeu que:
“ Mesmo marcados pelo modus operandi do ensino tradicional, os alunos
estabeleciam conexões entre o que já sabiam e as novas propostas. Porém é
preciso retomar certas questões para que as relações entre as operações sejam
compreendidas de fato. “Muitas crianças repetem bem os procedimentos que
aprendem, mas não têm compreensão do conceito”, diz. O jogo é uma atividade
propícia para introduzir o trabalho com campos conceituais com os mais velhos,
pois nele a criança geralmente está livre das exigências habituais e pode se
valer de todo tipo de procedimento”.
Assim sendo, cabe à mim como educadora,
criar novas maneiras que permitam ao aluno, ir construindo seu aprendizado de
forma mais contemplativa às suas dificuldades, Vejo no jogo, uma excelente
ferramenta para desenvolver tais questões, pois assim, brincando, irá aos
poucos, elaborando em sí, novos conceitos que servirão de base para futuros
aprendizados.
Sigo ainda tendo bastante dificuldade
em linkar nosso eixo temático aos assuntos que preciso trabalhar em minha
turma. Sinto que essa dificuldade está me bloqueando, fazendo com que eu não
consiga elaborar metodologias criativas para abordar o tema diversidade.
Essa dificuldade entretanto, está pontual na Linguagem Matemática.
Ao abordar a questão da diversidade,
que envolve os diferentes tipos de infâncias vivenciadas por muitas crianças,
percebi um interesse bastante notório em meus alunos na questão abordada. Ao
debatermos e refletirmos sobre o fato de muitas crianças necessitarem trabalhar
por miséria ou pela simples exploração, constatei uma enorme empatia por
parte deles. Os exemplos que citaram, as
reflexões que construíram me fizeram sentir orgulho daquilo que já conseguem
expressar. Percebi que aquele trabalho de formiguinha durante muitos meses
fazem com que aos poucos, eles percebam que são cidadãos de uma sociedade e que
podem analisar e questionar sua sistemática. O interesse deles foi tanto, que
precisamos de mais tempo que o planejado por mim para concluirmos as tarefas
propostas para esse assunto. Os escritos que fizeram sobre o tema abordado
mostraram-se bastante críticos à essa problemática. Dei-me conta que mesmo
sendo crianças conseguem opinar com convicção sobre aquilo em que acreditam.
Por esse motivo as atividades que
envolviam formas geométricas e tangram precisaram ficar para próxima semana.
REFERÊNCIA:
Nenhum comentário:
Postar um comentário