REFLEXÃO DA 5º SEMANA DE ESTÁGIO
As atividades desta semana foram muito produtivas ao grupo. Os cartazes referentes ao trabalho infantil que ficaram para tema, foram realizados de forma muito contemplativa, visto o modo como realizaram suas apresentações. Foi visível em suas falas que se apropriaram desta temática. Suas reflexões apresentaram conteúdo e propriedade.
Ao entrarmos no assunto referente à inclusão, me chamou a atenção o interesse que apresentaram em relação ao material de Libras e Braile. Penso que se eles tivessem acesso à tais linguagens seria muito tranquila a aceitação deles em relação a tais modos de comunicação. Aqui consigo vislumbrar os debates que tínhamos na interdisciplina de Libras onde questionávamos a questão da escola bilingue para crianças surdas. Dei-me conta que eu como educadora, tenho mais bloqueios para lidar com essas questões do que os alunos.
Até hoje, nunca tive alunos surdos ou cegos. Admito que receio essa situação, pelo fato de não ser preparada para conduzir o trabalho pedagógico de uma criança com necessidades específicas. Tive essa certeza, ao ser questionada pelas crianças em coisas simples do material que eu mesma levei e que no entanto, não dominava seu manuseio e uso adequado.
Para mim, há uma lacuna enorme nos cursos formadores de profissionais ligados à educação. Deveríamos dominar outras formas de comunicação , fugindo de apenas trabalhar com o convencional. Aqui , mais uma vez afirmo, que a inclusão parte da “boa vontade do professor” em correr atrás de estratégias e metodologias capaz de auxiliar seu alunos no processo de ensino aprendizagem.
Essa semana precisei entrar no conteúdo sistema monetário e este, linkado ao projeto diversidade, não ficou como eu gostaria. Percebi muita insegurança de minha parte, e isso, reflete naquilo que ensino. Tentei ao máximo fazer conexões corretas e adequadas, porém deixei a desejar. Afirmo, pois conheço meu trabalho e sei quando não está apropriado ao que desejo em relação ao processo de ensino aprendizagem. Me incomoda saber que talvez eles não consigam acomodar novas informações de modo a fazer destas futuras aprendizagens.
Lamento muito não ter tido mais aulas práticas na interdisciplina de Matemática. Elas estão me fazendo muita falta, visto as dificuldades que estou tendo em relacionar essa disciplina em específico ao projeto trabalhado.
Para trabalhar a interdisciplinaridade é preciso caminhar com passos firmes, saber exatamente o que está fazendo, propondo e buscando. Aqui, está minha falha e a divido com a universidade visto que acredito que poderíamos ter trabalhado tais conceitos de modo mais prático e contemplativo ao dia a dia da sala de aula.
Segundo o Professor BECKER, Fernando (1994):
“ O aluno só aprenderá alguma coisa, isto é, construirá algum conhecimento novo, se ele agir e problematizar a sua ação’. “ Há duas condições necessárias para que algum conhecimento novo seja construído: a) que o aluno aja (assimilação) sobre o material que o professor presume que tenha sido de cognitivamente interessante, ou melhor, significativo para o aluno; b)que o aluno responda para si mesmo `as perturbações (acomodação) provocadas pela assimilação deste material , ou, que o aluno se aproprie, neste segundo momento, não mais do material, mas dos mecanismos íntimos de suas ações sobre este material”.
Pensando e refletindo sobre a fala do Professor Becker, é muito nítido para mim que aquilo que dei para meus alunos problematizarem ficou muito no abstrato, mesmo tendo tido alcançado meus objetivos propostos. Eu não fiquei segura de minha ação pedagógica. Ao mesmo tempo que faço essa reflexão, não posso fugir de me questionar se estou ou não sabendo fazer e conduzir a interdisciplinaridade.
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