quarta-feira, 26 de junho de 2019





RELEITURA DA POSTAGEM TECNOLOGIA?????

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Vivemos a era digital e esta,  deveria ser realidade em nossas escolas. Facilitaria o aprendizado dos alunos, criaria novas maneiras de ver,  pensar, aprender e compreender o mundo que nos cerca.
Como seria bom se tivéssemos um  laboratório equipado para pesquisas , de modo , que nos permitisse  interagir com outras realidades , outras comunidades...  Uma doce ilusão, seria internet direta na sala de aula, onde alunos e professores tivessem livre acesso à jogos, entretenimentos que possibilitassem descobertas únicas. As aulas seriam dinâmicas, divertidas e direcionada ao público estudantil atual.
No entanto, o que temos são escolas sucateadas, laboratórios estragados e  a maior tecnologia  de que dispomos é o quadro e a caneta, recarregada com o próprio salário do professor. Dura e triste realidade!!! Esta faz do educador um fantoche nas mãos do governo que além de não lhe oferecer uma estrutura trabalhista, ainda lhe cobra resultados que fogem à sua competência.
Nossas escolas carecem de estrutura humana e humanizada. Precisamos dos profissionais da saúde diretamente interligados ao meio escolar. Em contrapartida teríamos resultados opostos ao que temos no momento.
Porém, ser professor é como brincar de super herói. Ao chegar na escola usa sua melhor armadura, se reveste de seus super poderes e por momentos, acredita ser o salvador do mundo ou daqueles seres humanos que ali estão sob sua responsabilidade. 
Como que por milagre adquire novas capacidades transformando-se em um mega profissional com um leque de habilidades que vão desde a área das humanas, passando pelas exatas e chegando à área da saúde, principalmente sendo um ótimo terapeuta, psicólogo e psiquiatra.
Ser professor é para os corajosos que conseguem se despir de seus problemas e doar-se ao outro sabendo que nem seu salário irá receber ao final de um mês de trabalho. E adivinha de quem é a culpa dos baixos níveis de escolarização? Daquele mesmo professor que esquece de si e dos seus para investir em seu semelhante.
Somente um super humano é capaz de tal proeza! Somente um abnegado é capaz de aceitar tal realidade em prol de um futuro incerto e duvidoso. No texto Maquinaria Escolar de Varella (2008,p.82) encontramos uma citação, que mesmo após anos de sua escrita, continua extremamente atual:
“O pagamento que o professor recebe por contribuir para produzir seres híbridos e suportar sua ambivalência posicional não será de ordem material  - sua retribuição econômica foi sempre baixa e mais ainda no século XIX – mas, ao invés disso, de tipo simbólico: ele será comparado ao sacerdote ( que , como ele, recebeu de Deus a vocação para uma missão evangelizadora) e, será investido de autoridade, dignidade e respeito, falsas imagens às quais deverá se adequar não sem dificuldades. E para que cumpra melhor suas funções , ou para o caso de rejeitar abertamente o modelo,haverá inspetores que se encarregarão de recordar-lhes as pautas corretas a quem tem de ajustar-se , e de penalizá-lo no caso de que ele as infrinja”.
Mais atual que esta citação, não hei de encontrar. Ela retrata o que um professor da rede pública enfrenta todos os dias . Nossa profissão precisa sofrer uma metamorfose no que diz respeito ao valor dado ao educador, caso contrário, seremos sempre meros funcionários públicos que estão em sua jornada diária apenas cumprindo o seu dever de trabalhar, sem nenhum reconhecimento receber pelo diferencial que traz à nossa sociedade. Isso tudo, desestruturam qualquer profissional.
Mas no momento vivemos a tal era da globalização. Mas que globalização? A que conecta tudo e todos? Ou aquela que globaliza e centraliza, no professor, a responsabilidade de carregar o futuro em suas costas?




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