domingo, 23 de junho de 2019



RELEITURA DA POSTAGEM ESCOLA DEMOCRÁTICA


O vídeo" ESCOLA DEMOCRÁTICA" nos mostra a dura realidade de nossas escolas, onde o interesse do aluno é deixado de lado mediante o ensino engessado que se apresenta.
Este, trás em sua configuração, a ideia de que reproduzir o que lhe é transmitido basta para sua formação, esquecendo-se de que interagir e construir o seu conhecimento é fundamental para que nasça um cidadão crítico, participativo e atuante na sociedade
A realidade do aluno não é contemplada pela educação  oferecida, descontextualizando assim, o aprendizado de seus verdadeiros interesses. O que aprende na escola não é aplicável em sua rotina e esta, não recebe um olhar por parte da educação.
Desta forma , a escola fica compartimentada, fazendo com que o aluno permeie por caminhos distintos sem haver a interligação entre eles. A escola mostra-se ultrapassada, as ideias do aluno são descartadas e o tempo que ali passa ,torna-se mera ociosidade, deixado passar em branco a oportunidade de oferecer à este aluno a chave para que abra as portas do conhecimento.
Sendo assim, oferecer ao aluno  mecanismos que despertem seu interesse é de suma importância para que o aprendizado em si torne-se atrativo e compatível com suas vivências, pois somente desta forma a escola poderá acompanhar os passos desta geração que se apresenta.
O aprender é singular, acontece de maneiras diferentes, no entanto, escola e sociedade ainda insistem em padronizar o processo. É papel da escola promover ações que estimulem o modo de pensar e agir de cada criança, fazendo com que assim, todos possam desenvolver-se plenamente dentro de suas habilidades e limitações porque conforme a fala de Mantoan (2008),p.15:

”Diante dessas novidades,a escola não pode continuar ignorando o que acontece ao seu redor. Não pode continuar anulando e marginalizando as diferenças - culturais, sociais,étnicas - nos processos pelos quais forma e instrui seus alunos. Afinal de contas, aprender implica ser capaz de expressar, dos mais variados modos o que sabemos; implica representar o mundo a partir de nossas origens, de nossos valores e sentimentos.

Segundo a autora, a exclusão acontece quando não há o entendimento das singularidades específicas que nos fazem únicos em nossa maneira de ser .Falta o entendimento de que a aprendizagem necessita ser centrada no aluno,como indivíduo,  e não no grupo como um todo. Conforme Mantoan (2008),p.15:

A exclusão escolar manifesta-se das mais diversas e perversas maneiras, e  quase sempre o que está em jogo é a ignorância do aluno diante dos padrões de cientificidade do saber escolar. Ocorre que a escola se democratizou abrindo-se a novos grupos sociais, mas não aos novos conhecimentos . Exclui,  então os que ignoram o conhecimento que ela valoriza e, assim, entende que a democratização é massificação de ensino e não cria a possibilidade de diálogo entre diferentes lugares epistemológicos, não se abre a novos conhecimentos que não couberam , até então, dentro dela.


Aceitar que está obsoleta para encarar o desafio de ensinar para todos é algo que a escola precisa rever em suas bases fundamentais. Sobre isso, Mantoan ( 2008, p. 14) afirma que nosso atual modelo institucional já está desgastado e que precisa de transformações, que todo professor deveria repensar sua postura diante da inclusão fazendo-se perguntas como: Onde está escrito que as crianças devem  aprender de forma uniforme? Segundo ela conscientizar-se de seu despreparo  é o primeiro passo para a escola se desvencilhar dessas amarras que atrasam o desenvolvimento de muitas crianças.


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