sábado, 13 de abril de 2019

                          
  RELEITURA DA POSTAGEM SOMOS PEÇAS DE UM QUEBRA - CABEÇAS
               Identifico-me com a fala da Professora Mantoan quando  diz que não devemos adaptar o currículo para alunos de inclusão e sim, que é este aluno que deve seguir a proposta de trabalho, realizando aquilo que pode dentro de sua capacidade e respeitando suas limitações.
Assim, estará aprendendo a conquistar sua autonomia como indivíduo singular que é, da mesma forma que  todos integrantes de uma turma; cada um é único em seu modo de aprender, justificando-se que a boa escola é aquela que ensina para todos, independentemente de sua condição.
Conforme  Fávero, Eugênia Augusta Gonzaga:
‘É preciso lembrar, entretanto, que alunos com deficiência não são os únicos cujo rendimento diverge dos “padrões” comuns, principalmente quando métodos e práticas de ensino não trazem nada que contemple as diferenças em sala de aula. Por isso, esses padrões e práticas é que tem que ser revistos com urgência, para o bem da educação como um todo. A solução de simplesmente deixar para trás, ou fora da escola, aqueles que “não acompanham a turma”, é muito precária para um país que adota  princípios como o da universalização do ensino”.
Ensinar para turma toda é um desafio que coloca no professor a responsabilidade de usar metodologias  que possibilitem explanar o melhor de seus potenciais, dentro de suas capacidades e limitações.
É fato que todos aprendem, mas  de maneiras diferentes. No entanto, escola e sociedade ainda insistem em padronizar o ensino, excluindo aqueles que necessitam de um tempo maior para assimilar e compreender determinados conceitos.

É papel da escola promover ações que estimulem o modo de pensar e agir de cada criança. A exclusão acontece quando não há o entendimento destas  singularidades específicas que nos fazem únicos em nossa maneira de ser . Falta o entendimento de que a aprendizagem necessita ser centrada no aluno, como indivíduo,  e não no grupo como um todo.
Fala-se muito na escola para todos, mas no dia a dia de uma sala de aula, muita coisa ainda está atrelada à velhos hábitos sistemáticos onde  professores insistem em ensinar da maneira como aprenderam e a instituição em si, resiste bravamente à essa mudança pelo simples fato de não conseguir lidar com o que é diferente.
Mantoan ( 2008) nos diz que:

“Os professores em geral têm bastante dificuldades de entender os princípios inclusivos aplicados às turmas , diante da formação que tiveram como alunos e como profissionais da educação. Não é fácil, depois de toda uma experiência escolar, em que a exclusão é uma das situações mais  comumente vividas, fazer essa passagem necessária que nos leva a conceber uma escola de todos, para todos e com todos os alunos. Infelizmente as escolas não se dão bem com as diferenças”.
É desta forma, que a passos lentos  a educação busca atender uma clientela que clama por igualdade. Igualdade esta , prevista em lei, estabelecida  nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica e na Declaração de Salamanca, mas que por ironia do destino, muitas vezes, esbarra na má vontade  despreparo de profissionais que deveriam lutar por esta causa.
Entender o aprender de cada um direito humanitário.


MANTOAN, Maria Teresa Eglér Inclusão escolar: o que é? por quê? como fazer? /Maria Teresa Eglér Mantoan- São Paulo: Moderna, 2003.

MANTOAN, Maria Teresa Eglér  (Organizadora) O Desafio das Diferenças na Escola /Maria Teresa Eglér Mantoan- Petrópolis: Vozes, 2011.

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