domingo, 21 de maio de 2017



                                        A INTERPRETAÇÃO É LIVRE


É muito complicado analisar a visão de mundo de professoras com experiências e realidades  profissionais distintas. Destaco nossas diferenças em tempo profissional, idade e  formação, visto que a Núbia já está em sua segunda graduação , enquanto eu estou na metade da primeira. Isso interfere no modo de encarar as coisas.
Lá no início do blog minhas postagens são mais embasadas no fato de eu estar encantada com esse novo mundo que é a universidade. Sou muito sonhadora ao escrever e menos “pé no chão”.
Já a Núbia é realista, crítica e muito reflexiva em suas análises, agregando aí o fator de já ser formada em história, o que lhe cabe  uma outra percepção de mundo.
As reflexões em meu blog,  foram surgindo ao longo dos semestres, principalmente porque descrevi demais como eram minhas aulas,   bem como as dificuldades que enfrentei ou algum trabalho que deu certo.
Custei a perceber que a graduação exige   uma outra postura diante os fatos, e isso é nítido no meu escrever.
Hoje, já no 5º semestre, sou mais reflexiva, porém,  precisei de tempo para agregar esse aspecto nas minhas postagens. Já a Núbia, por ter uma personalidade mais crítica e direta, mostrou-se o tempo todo uma educadora visionária a reconstruir o que a realidade escolar lhe apresenta, ela não aceita as imposições da sociedade,  enquanto eu, tento contornar as adversidades, buscando formas diferenciadas de resolver as questões.
Estar em sala de aula é o único ponto em comum que temos. Nossos alunos são de clientelas distintas e isso reflete na visão conclusiva a que chegamos diante os textos e trabalhos que nos são apresentados. Inconscientemente concordamos e discordamos dos autores, pois é automático pensar: como aplicar essa teoria na realidade em que trabalho, visto que tudo depende da vivência e condição em que essa criança vive.


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